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Tarifas do Trump

“A cada dia que passa, a gente vê menos razoabilidade para negociar essa tarifa”, diz economista

Publicado 24/07/2025 • 11:42 | Atualizado há 2 dias

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O economista da Rio Bravo, José Alfaix, avaliou que a sinalização feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indica um cenário de difícil negociação para evitar o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros.
  • Segundo o economista, a retórica vinda da equipe econômica brasileira, especialmente do vice-presidente Geraldo Alckmin, já sinaliza pouco otimismo quanto a uma reversão.

O economista da Rio Bravo, José Alfaix, avaliou que a sinalização feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indica um cenário de difícil negociação para evitar o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros. Durante participação no Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Alfaix analisou as perspectivas do mercado e os possíveis impactos da medida sobre setores exportadores.

“A cada dia que passa, a gente vê menos razoabilidade para negociar essa tarifa”, afirmou Alfaix. Para ele, embora parte do mercado já tenha assimilado a tarifa de 15%, o cenário de 50% ainda não está totalmente precificado.

Segundo o economista, a retórica vinda da equipe econômica brasileira, especialmente do vice-presidente Geraldo Alckmin, já sinaliza pouco otimismo quanto a uma reversão. Alfaix também apontou que, apesar do avanço da data-limite — 1º de agosto —, ainda resta algum nível de esperança por parte dos investidores.

Uma comitiva de senadores brasileiros — com representantes da direita, centro e esquerda — deve embarcar para os Estados Unidos com o objetivo de sensibilizar congressistas americanos e tentar reabrir canais de negociação. Para Alfaix, o movimento é acompanhado com atenção, mas o mercado considera que há pouca margem de manobra, uma vez que as decisões parecem estar centralizadas na Casa Branca.

“Parece que os canais de comunicação estão fechados”, disse ele.

Empresas como Embraer e WEG estão no centro das preocupações

Ao ser questionado sobre quais empresas brasileiras seriam mais impactadas, Alfaix destacou que setores com dificuldade de redirecionar exportações podem enfrentar maior pressão. Ele citou especificamente a Embraer, empresas de engenharia civil, equipamentos industriais e peças de aeronaves.

“É muito complicado redirecionar peça de aeronave para o mercado interno ou para outras cadeias globais”, comentou.

Por outro lado, ele ponderou que a Embraer pode ter algum poder de barganha por já estar profundamente integrada ao setor aéreo americano e possuir contratos de longo prazo com companhias dos EUA. Esses contratos, segundo Alfaix, incluem cláusulas de multa, o que tornaria difícil a substituição por fornecedores alternativos.

No caso da WEG, o economista reconheceu que o desempenho negativo recente na Bolsa pode ter relação com a incerteza em torno das tarifas. Ele indicou que empresas com menos poder de pressão ou relevância estratégica tendem a sofrer mais instabilidade.

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Retaliação ainda não é precificada pelo mercado

Alfaix observou que o mercado não tem considerado a possibilidade de o Brasil aplicar retaliações com base na lei de reciprocidade. Caso isso aconteça, o cenário pode ser alterado de forma relevante. Ele também destacou exemplos de produtos que conseguiram escapar das tarifas, como o óleo bruto, que representa cerca de 9% das exportações brasileiras para os EUA.

“Quando você tem essa maleabilidade em algum setor diferente fora da alíquota geral, é menos danoso”, afirmou.

Renda fixa local é alternativa em meio à instabilidade

Para o investidor brasileiro, Alfaix recomendou cautela e foco em instrumentos de renda fixa. Com a taxa Selic em 15%, ele considera que o juro real elevado oferece proteção diante da volatilidade externa. A inflação doméstica controlada e o desempenho recente de ativos como o ouro também reforçam a busca por segurança. “Renda fixa local acaba sendo um porto seguro muito interessante”, concluiu.

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