Foto de 14 de maio de 2025. Da esquerda para a direita: o representante comercial dos EUA Jamieson Greer, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o vice-primeiro-ministro da China He Lifeng e o representante comercial internacional da China, Li Chenggang.

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Tarifas também tendem a deslocar a curva de oferta para um lugar pior, diz Galípolo

Publicado 19/05/2025 • 13:41 | Atualizado há 5 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (19), que a política comercial dos Estados Unidos tende a deslocar a curva de oferta global a um ponto pior, como já tinha acontecido em função da maior fragmentação do comércio.
  • Galípolo avaliou que, apesar da integração regional, principalmente na Ásia, a cadeia de valor passa por outros países, como o México, para, no final, escoar aos mesmos mercados a um custo mais elevado.
  • "Acho que o que está sendo discutido agora, de alguma maneira, tende a caminhar também para um deslocamento da curva de oferta para um ponto pior", declarou o banqueiro central, apontando também o desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de títulos.

Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza sabatina de indicados para a diretoria do Banco Central do Brasil (BC).

Pedro França/Agência Senado /Reprodução Flickr

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (19), que a política comercial dos Estados Unidos tende a deslocar a curva de oferta global a um ponto pior, como já tinha acontecido em função da maior fragmentação do comércio.

“Muito se falou de regionalização como uma alternativa à globalização original – ou seja, que quando começa a primeira guerra tarifária entre Estados Unidos e China, que a regionalização estaria se apresentando como uma alternativa ao processo original de globalização. Eu pessoalmente fico com a sensação de que o que se desenhou foi meio que um second best, no qual houve um deslocamento da curva de oferta para um ponto pior”, comentou, durante participação em conferência do Goldman Sachs.

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Galípolo avaliou que, apesar da integração regional, principalmente na Ásia, a cadeia de valor passa por outros países, como o México, para, no final, escoar aos mesmos mercados a um custo mais elevado.

“Acho que o que está sendo discutido agora, de alguma maneira, tende a caminhar também para um deslocamento da curva de oferta para um ponto pior”, declarou o banqueiro central, apontando também a um segundo movimento da política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump: o desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de títulos, especialmente o norte-americano.

Em sua fala, Galípolo ressaltou a incerteza sobre o futuro, que não pode ser estimada por meio de probabilidade e com impactos de difícil mensuração, algo que, lembrou, vem sendo registrado na comunicação oficial do BC. Nesse ambiente, o BC, pontuou, tem conseguido fazer uma comunicação que tem durado ao longo do tempo porque teve humildade de reconhecer incerteza.

O momento, reforçou Galípolo, demanda cautela e flexibilidade, sendo que a incerteza amplia muito as tensões comuns na comunicação de política monetária. O presidente do BC observou ainda que parece haver um diferencial entre países que têm espaço para estímulo fiscal em meio a uma possível desaceleração econômica.

Provavelmente haverá ruído em estatísticas de vários países em razão das tarifas de Trump, disse Galípolo.

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