Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Se Trump quer cortes nas taxas, ele provavelmente precisará substituir todo o conselho do Fed junto com Powell
Publicado 22/04/2025 • 16:36 | Atualizado há 5 meses
EXCLUSIVO CNBC: Tim Cook explica por que a Apple investe bilhões na fábrica de vidro da Corning nos EUA
EXCLUSIVO CNBC: saiba como será o investimento de US$ 600 bilhões que a Apple vai fazer nos EUA para evitar tarifaço
Passagens aéreas: a dica número 1 para levantar voo sem derrubar seu orçamento
O tiro que saiu pela culatra: café, banana e até brinquedos ficam mais caros nos EUA por causa do tarifaço
China desafia montadoras europeias em seu próprio território; Brasil tenta equilibrar proteção e investimento
Publicado 22/04/2025 • 16:36 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Donald Trump.
Foto: MANUEL BALCE CENETA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
As críticas públicas do presidente Donald Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell, alimentaram a preocupação de que ele tentará demitir o presidente do banco central, mas mesmo essa medida histórica e juridicamente questionável pode não ser suficiente para Trump moldar a política monetária na direção que preferir.
Mesmo a demissão de Powell não necessariamente garantirá a Trump os cortes de juros que ele deseja, de acordo com vários economistas.
Leia mais:
“Com toda a probabilidade, no entanto, demitir Powell seria apenas o primeiro passo para destruir a independência do Fed. Se Trump estiver determinado a reduzir as taxas de juros, ele terá que demitir também os outros seis membros do Conselho do Fed, o que desencadearia uma reação mais severa do mercado, com a queda do dólar e a alta das taxas na ponta longa da curva de juros”, disse Paul Ashworth, economista-chefe para a América do Norte da Capital Economics, em nota recente.
Powell é presidente do Conselho de Governadores do Fed e do Comitê Federal de Mercados Abertos, que define a política de taxas de juros. Ashworth destacou que, embora os membros do FOMC geralmente optem por nomear o presidente do Conselho de Governadores para liderá-los, eles podem contrariar Trump e escolher outra pessoa para chefiar o comitê de definição de juros. E o economista-chefe do JPMorgan para os EUA, Michael Feroli, afirmou em nota nesta segunda-feira (21) que “a maior parte do poder da liderança resulta da deferência histórica”, e não da mecânica real do cargo.
O economista sênior do Deutsche Bank, Peter Sidorov, repetiu a ideia de que membros individuais do Fed podem votar contra a vontade de um novo líder se sentirem que Trump se excedeu.
“Observe que, embora o presidente do Fed tenha influência significativa sobre o FOMC, as ações de política monetária são tomadas por maioria de votos, portanto, a remoção de Powell pode levar a uma maior resistência de outros membros à pressão sobre o Fed para implementar uma política mais flexível”, disse Sidorov em nota a clientes na terça-feira.
Essa discussão em Wall Street ocorre após Trump ter criticado Powell diversas vezes nos últimos dias, inclusive chamando o presidente do Fed de “um grande perdedor” em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (21) que abalou os mercados financeiros. O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse na semana passada que o presidente e sua equipe estavam explorando a possibilidade de remover o presidente do Fed.
Não está claro se Trump tem autoridade para destituir Powell antes do fim de seu mandato como presidente do Conselho de Governadores, no próximo ano. Powell já havia afirmado que não acredita que seja legalmente permitido ao presidente demiti-lo. A Suprema Corte deve analisar um recurso sobre a demissão de membros do conselho de outras organizações federais por Trump, em um caso que pode esclarecer o futuro do Fed.
A especulação sobre mudanças no Fed, juntamente com a incerteza tarifária em curso, parece ter prejudicado a confiança dos investidores nos Estados Unidos. As ações, os títulos e o dólar americanos caíram nas últimas semanas.
Profissionais de Wall Street temem que mudanças no Fed possam levar a novas liquidações e temores de inflação mais alta.
“Qualquer redução na independência do Fed adicionaria riscos de alta a uma perspectiva de inflação que já está sujeita a pressões de alta por tarifas e expectativas de inflação relativamente elevadas”, disse Feroli em nota a clientes.
“Esperava-se que essas consequências adversas dissuadissem o presidente de ameaçar a independência do Fed, embora até agora o presidente tenha frequentemente levado adiante suas intenções”, acrescentou.
–
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
Vale demite vice-presidente de RH após polêmica sobre diversidade
Rolls-Royce do advogado Nelson Wilians é o carro mais caro já apreendido pela PF
Mansão, Ferrari e aeronaves: alvo da PF, advogado Nelson Wilians ostenta nas redes sociais
Banco do Brasil coloca 142 imóveis em leilão neste mês
Escândalo de protetores solares na Austrália revela que marcas não entregam a proteção que prometem