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Tarifas do Trump

UE prepara retaliação tarifária caso não haja acordo com Trump até 1º de agosto

Publicado 25/07/2025 • 10:00 | Atualizado há 18 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • União Europeia aprova pacote de retaliação tarifária que pode atingir €93 bilhões em produtos americanos caso não haja acordo até 1º de agosto
  • Bloco discute uso do “instrumento anticoerção”, conhecido como “bazuca comercial”, para responder a medidas unilaterais dos EUA
  • Governo Trump estuda manter tarifa de 15% como base em acordo, mas decisão final depende do próprio presidente, conhecido por reverter posições rapidamente
O Banco Central Europeu (BCE) é responsável pela gestão do euro e pela política monetária da zona do euro. Seu principal objetivo é manter a estabilidade de preços, o que significa controlar a inflação para garantir um poder de compra estável da moeda

O Banco Central Europeu (BCE) é responsável pela gestão do euro e pela política monetária da zona do euro. Seu principal objetivo é manter a estabilidade de preços, o que significa controlar a inflação para garantir um poder de compra estável da moeda

Unsplash

A União Europeia está se preparando para uma eventual ausência de acordo comercial com os Estados Unidos, diante da proximidade do prazo de 1º de agosto, quando Washington deve aplicar uma tarifa de 30% sobre produtos europeus. Em resposta, Bruxelas já aprovou um pacote de tarifas retaliatórias e estuda ativar um mecanismo mais amplo de defesa econômica.

Segundo fontes ouvidas pela CNBC, o pacote de retaliação aprovado nesta quinta-feira (25) combina duas propostas anteriores da Comissão Europeia e pode atingir €93 bilhões (US$ 109 bilhões) em produtos dos EUA, incluindo alimentos, bebidas, vestuário e máquinas. As tarifas podem chegar a 30%, espelhando o patamar americano.

“Caso não haja acordo e não haja novo adiamento por parte dos EUA, vejo a UE adotando uma postura de olho por olho, com tarifas de 30% sobre produtos selecionados, como motocicletas, carros, roupas e bebidas alcoólicas”, afirmou Carsten Brzeski, economista-chefe global do ING, em nota enviada à imprensa.

O economista destaca, no entanto, que os países europeus não estão totalmente alinhados sobre a melhor forma de reagir, o que pode levar o bloco a buscar uma resposta que demonstre firmeza, mas sem ultrapassar os limites impostos por Washington.

Negociações seguem em paralelo

Apesar do avanço na preparação de retaliações, fontes relataram que as negociações entre UE e EUA também avançaram nesta semana. O cenário base mais provável seria um acordo com tarifa de 15% sobre as importações europeias, ainda com possíveis isenções em discussão.

A dificuldade, segundo observadores, está na imprevisibilidade do presidente Donald Trump, conhecido por decisões rápidas e mudanças de última hora.

A “bazuca comercial” da UE

Além das tarifas diretas, Bruxelas avalia a possibilidade de ativar o Instrumento Anticoerção (ACI, na sigla em inglês) — apelidado de “bazuca comercial”. Trata-se de um mecanismo para responder a medidas coercitivas de países terceiros que interfiram nas políticas internas da UE por meio de pressões comerciais ou investimentos.

O ACI permite que o bloco imponha restrições a exportações, importações e acesso ao mercado europeu, caso identifique coerção econômica de outro país.

Segundo o economista Alberto Rizzi, do Conselho Europeu de Relações Exteriores, o ACI é visto como uma “opção nuclear”, mas há margem para flexibilidade, desde que a resposta seja proporcional ao dano causado.

“A retaliação é usada pela UE como instrumento de negociação. Por isso, a ativação do ACI só deve ocorrer em uma segunda fase, caso os EUA não respondam após a entrada em vigor das tarifas. A ideia é manter a ferramenta como carta na manga, e não usá-la imediatamente”, explicou Rizzi.

Contexto

O endurecimento do tom da UE ocorre em meio à aproximação da data-limite imposta pelos EUA para aplicação das novas tarifas e em um momento de crescimento do apoio político europeu a uma resposta rápida e contundente. Ainda assim, Bruxelas mantém a cautela e tenta preservar o diálogo como principal canal de resolução.

A expectativa é que alguma definição ocorra nos próximos dias, já que o impacto comercial sobre as duas maiores economias do Ocidente pode reverberar nos mercados globais.

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