Vietnã endurece fiscalização sobre comércio com China e abre negociações com americanos
Publicado 11/04/2025 • 10:00 | Atualizado há 3 semanas
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Publicado 11/04/2025 • 10:00 | Atualizado há 3 semanas
KEY POINTS
Pessoas andam na frente de edifícios em Hanói, no Vietnã
Foto de Arnie Chou/Pexels
Na esperança de evitar tarifas punitivas dos EUA, o Vietnã está preparado para reprimir produtos chineses enviados aos Estados Unidos através de seu território e reforçará os controles sobre exportações sensíveis para a China, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto e um documento do governo visto pela Reuters.
O assunto surgiu quando autoridades americanas de alto escalão, incluindo o influente conselheiro comercial da Casa Branca, Peter Navarro, levantaram preocupações sobre produtos chineses enviados para os EUA com rótulos “Fabricado no Vietnã”, que geravam impostos mais baixos.
Vietnã diz que iniciará negociações comerciais com os Estados Unidos
A movimentação de Hanói ocorre paralelamente ao anúncio da abertura de negociações para um acordo comercial bilateral com Washington, poucas horas após o presidente Donald Trump suspender temporariamente a implementação de novas tarifas globais, incluindo uma de 46% que seria aplicada sobre produtos vietnamitas. Os Estados Unidos foram o maior mercado de exportação do Vietnã nos primeiros três meses deste ano.
Segundo comunicado do governo vietnamita divulgado pela AFP, “os Estados Unidos concordaram que os dois lados deveriam iniciar negociações sobre um acordo comercial técnico recíproco, que incluiria acordos tarifários, e pediram a ambos os lados que iniciassem as discussões imediatamente”.
O vice-primeiro-ministro do Vietnã, Ho Duc Phoc, foi designado para liderar as tratativas com os americanos e, durante visita a Washington, se encontrou com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, e também se reuniu com senadores e representantes empresariais.
No mesmo contexto, a companhia aérea vietnamita Vietjet assinou um acordo de US$ 300 milhões com a americana AV AirFinance, uma empresa de empréstimos para aviação comercial, para aumentar sua frota. O acordo, assinado na presença de Phoc, é parte de uma série mais ampla de acordos de financiamento de aeronaves, totalizando mais de US$ 4 bilhões que a Vietjet havia garantido com seus principais parceiros dos EUA.
A AV AirFinance disse que a Vietjet começaria a receber o primeiro lote de aeronaves Boeing 737 MAX este ano, como parte de um acordo de US$ 24 bilhões anunciado originalmente em 2019. O Vietnã já havia pedido a Trump um atraso de pelo menos 45 dias na nova tarifa, e especialistas disseram que o imposto poderia prejudicar seriamente o modelo de crescimento do Vietnã, que depende fortemente das exportações para os Estados Unidos. O Vietnã prometeu comprar mais produtos dos EUA, incluindo produtos de segurança e defesa, em busca de um adiamento.
Trump afirmou que o país cobra dos Estados Unidos uma tarifa de 90%, um valor baseado no superávit comercial do Vietnã com os Estados Unidos, no valor de US$ 123,5 bilhões no ano passado.
Seu governo também pareceu particularmente irritado com o que considera ser o papel do país nas tentativas de contornar as tarifas impostas à China.
O Vietnã disse na declaração de quinta-feira (10) que “abordou proativamente muitas preocupações dos EUA”.
China diz que Xi visitará Vietnã, Malásia e Camboja na próxima semana
Enquanto isso, a China intensifica sua diplomacia na região. O presidente Xi Jinping visitará o Vietnã, a Malásia e o Camboja na próxima semana, em sua primeira viagem oficial internacional em 2025. A visita ocorre em meio à escalada da guerra comercial com os Estados Unidos, que impuseram tarifas cumulativas de até 145% sobre produtos chineses. O Vietnã, que adota há anos uma “diplomacia do bambu” — tentando manter relações amistosas com Pequim e Washington —, se vê mais uma vez no centro da disputa geopolítica e econômica entre as duas potências.
*Com informações de Reuters e AFP
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