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Tesla: ações caem 8% e perdem parte dos ganhos após a eleição de Trump
Publicado 19/12/2024 • 10:59 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 19/12/2024 • 10:59 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Tesla
Foto: Unsplash.
As ações da Tesla despencaram mais de 8% nesta quarta-feira (18), marcando a maior queda desde a vitória eleitoral de Donald Trump no mês passado, que havia impulsionado uma forte alta no papel.
Apesar do recuo, a Tesla fechou a US$ 440,13 (R$ 2,7 mil), ainda acumulando uma valorização de 75% desde o dia das eleições, em 5 de novembro. Na semana passada, a ação atingiu um recorde, superando o pico de 2021. Antes da queda, o ativo havia registrado alta até fechar a US$ 479,86 (R$ 2,5 mil) na terça-feira (17).
“Os investidores estão surpresos com a magnitude da alta e cada vez mais confusos sobre como lidar com a ação, dada sua aparente desconexão com os fundamentos”, escreveram analistas do Barclays em relatório, mantendo recomendação neutra e preço-alvo de US$ 270.
O recuo da Tesla acompanhou um movimento mais amplo de baixa no mercado, com o índice Nasdaq caindo 3,6% – a segunda pior queda do ano.
A Tesla vem de um rali de 38% em novembro, o melhor desempenho mensal desde janeiro de 2023 e o décimo maior da história. Elon Musk, CEO da empresa, tornou-se uma figura central na administração de Trump, assumindo o cargo de chefe do “Departamento de Eficiência Governamental”, ao lado de Vivek Ramaswamy.
Com a nova posição, Musk poderá influenciar orçamentos e regulamentos federais, além de buscar simplificar aprovações para veículos autônomos – algo que ele mencionou em uma reunião de resultados em outubro.
Enquanto a Tesla ainda não oferece serviços de robotáxis, a Waymo, sua concorrente, divulgou que realizou mais de 4 milhões de corridas pagas com veículos autônomos em 2024.
Analistas destacaram que as ações da Tesla são frequentemente vistas como um investimento no próprio Musk, o que aumenta o risco associado à dependência de sua liderança.
Uma pesquisa da Quinnipiac revelou que 53% dos eleitores americanos desaprovam o papel de Musk no governo Trump, com maior rejeição entre mulheres (69%) e democratas (95%).
Musk também enfrenta questões regulatórias. A SEC (equivalente à CVM nos EUA) teria enviado uma “demanda de acordo” sobre a venda de ações da Tesla em 2022, relacionadas à compra do Twitter, agora X.
A Tesla divulgará seus números de entregas do quarto trimestre em janeiro, em um cenário de busca por aumentar vendas com incentivos como financiamento a 0%.