CNBC Mercados depositam novamente confiança em Trump, desde que os acordos comerciais continuem

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Trump assina parceria estratégica com Arábia Saudita em visita oficial

Publicado 13/05/2025 • 10:53 | Atualizado há 4 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, embarcou nesta segunda-feira (12) para um giro por Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. Na sua chegada à capital Riad, o presidente dos Estados Unidos foi recepcionado pelo primeiro-ministro do Arábia, Mohammed bin Salman.
  • A viagem acontece em um momento em que Trump está sendo criticado por sua decisão de aceitar um jato jumbo Boeing de luxo do governo do Catar como o novo Air Force One. Trump afirmou que o avião será transferido para sua fundação da biblioteca presidencial após deixar o cargo, cujos detalhes ainda estão sendo definidos.
  • Trump e Salman, acompanhados por assessores, reuniram-se brevemente diante de repórteres antes de assinar um acordo, cujo conteúdo ainda não foi anunciado. O presidente disse que ficou impressionado com o príncipe herdeiro, chamando-o de "sábio para sua idade" e elogiou o rei saudita como um "cara incrível".
O presidente dos EUA, Donald Trump com o o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

O presidente dos EUA, Donald Trump com o o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, embarcou nesta segunda-feira (12) para um giro por Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. Na sua chegada à capital Riad, o presidente dos Estados Unidos foi recepcionado pelo primeiro-ministro do Arábia, Mohammed bin Salman.

Nesta terça-feira (13), Trump assinou uma “parceria econômica estratégica” com Bin Salman, embora os detalhes além do anúncio tenham sido escassos. Os dois líderes sentaram-se sob um retrato do Rei Salman enquanto um locutor lia em voz alta memorandos e acordos sobre energia, defesa, saúde e artes.

Os EUA assinaram uma carta de intenções para ajudar a desenvolver as capacidades das Forças Armadas da Arábia Saudita. Os memorandos envolviam planos de cooperação entre o Ministério do Interior saudita e o FBI, e entre o Ministério da Justiça saudita e o Departamento de Justiça.

Outro memorando prometia cooperação em mineração e recursos minerais entre o Ministério da Indústria e o Departamento de Energia, e outro ainda envolvia pesquisas médicas relacionadas a doenças infecciosas. Outros acordos trataram da cooperação entre as autoridades alfandegárias dos dois países e de um projeto de monitoramento do clima espacial. 

As assinaturas, que ocorreram em uma sala cerimonial na Corte Real Saudita, ocorreram após uma reunião bilateral e um encontro com o líder saudita, e contaram com a presença do Secretário de Estado Marco Rubio, do Secretário de Defesa Pete Hegseth, do Secretário de Comércio Howard Lutnick e do Secretário do Tesouro Scott Bessent, além de altos funcionários da Casa Branca, incluindo a chefe de gabinete Susie Wiles. 

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Empresários marcam presença

Entre os empresários presentes que se juntaram a Trump e Salman em uma cerimônia de café na Corte Real Saudita nesta terça, estavam presentes o CEO da OpenAI, Sam Altman, o bilionário cofundador da Blackrock, Larry Fink, e o CEO da Tesla, Elon Musk.

A viagem acontece em um momento em que Trump está sendo criticado por sua decisão de aceitar um jato jumbo Boeing de luxo do governo do Catar como o novo Air Force One. Trump afirmou que o avião será transferido para sua fundação da biblioteca presidencial após deixar o cargo, cujos detalhes ainda estão sendo definidos.

Trump planeja aceitar o presente, apesar de suas críticas ao Catar no passado, chamando-o de “financiador do terrorismo de altíssimo nível”. Ele parte para o país nesta quarta-feira (14).

Trump elogia príncipe herdeiro saudita como “muito sábio”

Trump e Salman, acompanhados por assessores, reuniram-se brevemente diante de repórteres antes de assinar um acordo, cujo conteúdo ainda não foi anunciado.

O presidente disse que ficou impressionado com o príncipe herdeiro, chamando-o de “sábio para sua idade” e elogiou o rei saudita como um “cara incrível”.

“Ele está bem — um pouco mais velho, mas sei que está bem”, disse Trump sobre o rei. O presidente também elogiou Bin Salman pelos investimentos nos EUA, acrescentando que os sauditas estariam “comprando muitas coisas diferentes”.

Quem é o príncipe herdeiro da Arábia Saudita?

O príncipe herdeiro, de 39 anos, amplamente conhecido como MBS, vem tentando há anos transformar o lar dos dois locais mais sagrados do islamismo de uma teocracia profundamente conservadora e dependente do petróleo em um líder global moderno e moderado.

Seja recebendo autoridades americanas negociando o fim da guerra na Ucrânia ou conversas sobre o futuro da Faixa de Gaza, a Arábia Saudita tem buscado se posicionar como mediadora e intermediária. MBS também liderou projetos domésticos ambiciosos com o objetivo de diversificar a economia do país, liberalizar as normas sociais e incentivar sua grande população de jovens a ingressar no mercado de trabalho.

Desde que se tornou príncipe herdeiro em 2017, ele tem pressionado pela remoção da exigência de que as mulheres usem véus em público, permitindo que elas dirijam e abrindo caminho para a mistura de sexos em público.

Mas, embora tente modernizar a economia e a sociedade do país, ele não tomou medidas para democratizar o país de 33 milhões de habitantes. A Arábia Saudita continua sendo uma monarquia absoluta, na qual expressar dissidência pode ser profundamente perigoso.

A imagem do príncipe herdeiro foi gravemente manchada pelo assassinato, em 2018, do colunista do Washington Post, Jamal Khashoggi , um crítico do governo, no consulado da Arábia Saudita em Istambul. A CIA concluiu que seu assassinato foi ordenado pelo príncipe herdeiro.

A morte de Khashoggi chocou muitos ao redor do mundo e, por um breve período, transformou MBS em um outsider no cenário global. Durante sua campanha presidencial, o então vice-presidente Joe Biden prometeu fazer da Arábia Saudita um “pária” internacional.

Mesmo antes de Khashoggi ser morto, defensores dos direitos humanos dentro e fora do país alertaram sobre prisões arbitrárias, detenções, julgamentos injustos e um grande número de execuções na Arábia Saudita.

O país também foi alvo de inúmeros processos movidos pelas vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, que mataram quase 3 mil pessoas. Quinze dos 19 sequestradores envolvidos nos ataques eram da Arábia Saudita.

Como presidente, Biden moderou sua posição — um reconhecimento do poder da Arábia Saudita, particularmente como o maior produtor de petróleo do mundo.

Trump demonstrou sua preferência por laços fortes com a Arábia Saudita ao fazer do país o destino de suas primeiras viagens oficiais ao exterior durante seus dois governos.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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