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Publicado 27/01/2025 • 13:36
Na primeira semana completa de Donald Trump de volta à Casa Branca, o mercado financeiro deu sinais claros de alívio. As moedas de mercados emergentes tiveram sua melhor performance desde julho de 2023, enquanto o índice europeu Stoxx 600 chegou à quinta semana consecutiva de alta. O dólar caiu para seu nível mais baixo em um mês, e o S&P500 renovou sua máxima histórica.
O motivo? Trump começou o mandato de forma surpreendentemente “soft” nas questões econômicas.
Ele suavizou o tom em relação à China, afastando temores de uma nova guerra comercial, e evitou tarifas sobre a Europa, embora tenha mantido uma postura de alerta contra Canadá e México. Além disso, o anúncio de um robusto investimento de US$500 bilhões em inteligência artificial e a promessa de trabalhar pela redução nos preços do petróleo e nas taxas de juros soaram como música para os investidores.
É como se Trump estivesse arquitetando meticulosamente uma estratégia para manter o mercado em alta.
Entretanto, o mesmo “soft” não se aplica à pauta de costumes.
Trump iniciou sua gestão com uma série de medidas de impacto que reforçam sua base conservadora. Ele ordenou a exclusão de termos como LGBTQ e HIV de sites federais, classificou oficialmente os sexos apenas como masculino e feminino e restringiu o uso de fundos públicos para qualquer iniciativa relacionada à “ideologia de gênero”.
Além disso, assinou ordens executivas endurecendo as regras de imigração, incluindo deportações rápidas e a revogação do direito à cidadania para filhos de imigrantes nascidos em solo americano. Também declarou cartéis de drogas como organizações terroristas e participou de eventos pró-vida, consolidando a pauta antiaborto como prioridade.
É evidente que o foco do segundo mandato de Trump está na cultura e nos costumes, enquanto a política econômica parece calculadamente favorável ao mercado. Esse equilíbrio entre a retórica ideológica e o pragmatismo econômico mostra que, apesar do radicalismo, Trump sabe que manter o mercado aquecido é essencial para sustentar sua narrativa de sucesso.
Se ele continuará nesse equilíbrio entre “soft” e duro ao longo do mandato, ainda é uma incógnita. Mas, por enquanto, o mercado segue agradecido.
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