CNBC Inflação do Japão atinge máxima de 2 anos e reforça argumentos por alta de juros

Mundo

Trump diz que acordo comercial com a China é ‘possível’

Publicado qui, 20 fev 2025 • 11:12 AM GMT-0300 | Atualizado há 2 dias

AFP

KEY POINTS

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu na última quarta-feira (19) que um acordo comercial com a China era "possível".
  • Questionado sobre as declarações, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta quinta-feira (20) que os dois países deveriam lidar com as tensões comerciais com "respeito mútuo".
  • Com um mês de seu segundo mandato, Trump ameaçou impor tarifas generalizadas tanto a aliados quanto a adversários.

REUTERS/Kevin Lamarque/File Photo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu na última quarta-feira (19) que um acordo comercial com a China era “possível”.

Questionado sobre as declarações, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta quinta-feira (20) que ambos os países deveriam lidar com as tensões comerciais com “respeito mútuo”.

Leia também:

Com um mês de seu segundo mandato, Trump ameaçou impor tarifas generalizadas tanto a aliados quanto a adversários — mirando a China, além dos vizinhos Canadá e México, e a União Europeia — e usando tarifas como sua principal estratégia para reduzir o enorme déficit comercial dos EUA.

No início de fevereiro, ele impôs tarifas alfandegárias adicionais de 10% sobre todos os produtos importados da China.

O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que os dois países “deveriam resolver suas preocupações por meio do diálogo e da consulta, com base na igualdade e no respeito mútuo”.

“As guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores e apenas prejudicam os interesses de pessoas em todo o mundo”, disse o porta-voz do ministério, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa regular.

Em outra entrevista coletiva, o Ministério do Comércio da China afirmou que Pequim “estimula os Estados Unidos a não recorrerem às tarifas a todo momento, usando-as como ferramenta de coerção”.

Trump também ameaça impor tarifas de 25% sobre todos os carros importados, além de tarifas similares ou ainda mais altas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores, aumentando a pressão sobre alguns dos maiores parceiros comerciais dos EUA.

Ele também afirmou a jornalistas a bordo do Air Force One, nesta quarta-feira, que seu governo estava considerando impor tarifas sobre madeira de “talvez 25%” nos próximos meses.

Inicialmente, o presidente havia anunciado tarifas de 25% sobre todas as importações canadenses e mexicanas, mas recuou horas antes da medida entrar em vigor, concedendo uma suspensão temporária de um mês, até 1º de março.

Na semana passada, ele assinou ordens executivas impondo novas tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, que devem entrar em vigor em 12 de março.

Isenções solicitadas

Especialistas alertam que, muitas vezes, são os próprios americanos que acabam pagando os custos das tarifas sobre as importações dos EUA — e não os exportadores estrangeiros.

Entre Washington e Pequim, “há um pouco de competitividade, mas eu diria que meu relacionamento com o presidente Xi (Jinping) é ótimo”, afirmou Trump a repórteres nesta quarta-feira.

Além dos líderes da França e do Reino Unido, Trump disse que Xi também deve visitar Washington para um encontro com ele no futuro.

A China respondeu às tarifas dos EUA impondo taxas alfandegárias de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito, além de 10% sobre petróleo e outros produtos, como máquinas agrícolas e veículos.

A China é o país com o maior superávit comercial com os Estados Unidos em bens – US$ 295,4 bilhões em 2024, segundo o Bureau de Análise Econômica, que faz parte do Departamento de Comércio dos EUA.

Na semana passada, o Japão, aliado dos EUA, solicitou uma isenção das tarifas sobre exportações de aço e alumínio e ressaltou a importância de sua indústria automotiva.

O ministro do Comércio do Japão está organizando uma visita aos Estados Unidos nas próximas semanas para reforçar o pedido de isenção, segundo a mídia japonesa desta quinta-feira.

Yoji Muto deve se reunir com autoridades dos EUA, incluindo o novo secretário de Comércio, Howard Lutnick, antes de 12 de março, quando as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio devem entrar em vigor, segundo a agência Kyodo News.

As declarações mais recentes de Trump sobre tarifas foram feitas enquanto o chefe de comércio da União Europeia prometia, nesta quarta-feira, que o bloco responderia “de maneira firme e rápida” para proteger seus interesses caso Washington impusesse tarifas sobre produtos europeus.

Maros Sefcovic rejeitou a alegação de Trump de que as relações comerciais entre os EUA e a UE eram injustas, classificando-as como “o verdadeiro exemplo de uma parceria ganha-ganha”.

No entanto, ele indicou que a UE está disposta a negociar, incluindo a possibilidade de reduzir ou eliminar tarifas sobre automóveis e outros produtos.

“Se formos discutir a redução ou até mesmo a eliminação de tarifas – digamos, para produtos industriais –, estamos prontos para conversar sobre isso”, afirmou.

Dentro da União Europeia, que tem 27 países, a Alemanha possui de longe o maior superávit comercial com os Estados Unidos, principalmente devido à sua indústria automobilística e a gigantes do setor químico, como Bayer e BASF, segundo a agência europeia de estatísticas, Eurostat.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

MAIS EM Mundo