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Trump impacta a expansão global dos fabricantes chineses de smartphones
Publicado 05/03/2025 • 14:30 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 05/03/2025 • 14:30 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
@WhiteHouse/Fotos Públicas
BARCELONA — Os constantes confrontos do presidente dos EUA, Donald Trump, com a China sobre tecnologia e comércio têm um grande impacto sobre os fornecedores chineses de smartphones que cresceram globalmente nos últimos anos, criando incertezas sobre se algumas dessas empresas poderão ser alvo de Washington, assim como a Huawei.
No Mobile World Congress (MWC) em Barcelona, empresas chinesas de eletrônicos, como Xiaomi, Honor e Oppo, estavam presentes em grande número, exibindo seus mais recentes dispositivos. A Xiaomi até apresentou seu mais novo veículo elétrico, o SU7 Ultra, tentando gerar alarde.
A Xiaomi também lançou um smartphone de alto padrão, enquanto a Honor anunciou um investimento de US$ 10 bilhões em IA. A Oppo destacou suas funcionalidades de privacidade com IA, e outros fabricantes menos conhecidos, como a Tecno, de propriedade da Transsion, revelaram produtos como óculos com IA.
A Huawei também estava presente e apresentou o Mate XT, um smartphone trifold, que foi lançado em mercados internacionais enquanto a empresa tenta um retorno cauteloso ao mercado global.
Em certa medida, a Huawei serve como um exemplo cautelar para outros fabricantes chineses. A empresa com sede em Shenzhen foi uma vez a maior fornecedora de smartphones do mundo, até que as sanções dos EUA arruinaram seu negócio de dispositivos.
Assim como a Huawei está tentando retornar lentamente às vendas internacionais de smartphones e outras empresas chinesas estão crescendo rapidamente, Trump está de volta à Casa Branca, o que provavelmente ofuscará a presença dessas empresas no MWC, de acordo com Ben Wood, principal analista da CCS Insight.
“Acho que, infelizmente, para a Huawei, assim como eles estão começando a se reerguer, o retorno de Trump e sua estratégia geral em relação ao ‘America First’ e a pressão sobre os chineses, não afeta apenas a Huawei, mas afeta todos os fabricantes chineses que estarão no MWC”, disse Wood à CNBC.
“Acho que isso será, sem dúvida, o elefante na sala no MWC, com relação a uma enorme quantidade de investimentos e gastos extravagantes pelos fabricantes chineses, com a sombra do que vai acontecer nos próximos meses pairando sobre eles.”
Xiaomi, Oppo e Honor não estavam imediatamente disponíveis para comentar quando contatadas pela CNBC.
Os fabricantes chineses têm sido uma presença constante no MWC nos últimos anos, à medida que expandem sua presença global. Agora, oito dos 10 maiores fabricantes de smartphones têm sede na China, de acordo com dados da Canalys.
A Xiaomi, por exemplo, é a terceira maior do mundo. A Xiaomi expandiu sua presença na Europa, enquanto outras, como a Transsion, focaram em mercados emergentes. Com esse sucesso, também vem o potencial para maior escrutínio, disse Wood.
“O perigo para esses fabricantes é que, se eles colocarem a cabeça para fora demais, começarão a ser alvo de escrutínio da administração dos EUA”, afirmou Wood.
“Então, acho que eles terão que andar em uma linha tênue em Barcelona e garantir que não façam muito barulho, porque a última coisa que eles querem é se tornar o exemplo para a tecnologia chinesa e se tornar o novo foco para Trump e seus conselheiros.”
Até agora, Trump tem se concentrado em aumentar as tarifas sobre as importações chinesas. Mas houve pouca ação no campo das restrições tecnológicas. Sob o ex-presidente Joe Biden, Washington implementou várias rodadas de restrições que visavam cortar o acesso da China a tecnologias avançadas em áreas como semicondutores.
Outros analistas concordam que há um risco de maior escrutínio, mas apontam algumas razões principais pelas quais outros fabricantes chineses podem não ser restritos da mesma forma que a Huawei.
Francisco Jeronimo, vice-presidente de dados e análises da International Data Corporation (IDC), disse que as marcas chinesas estão concentrando seus esforços na Europa em vez dos EUA, o que pode ajudar a desviar o escrutínio de Washington.
“Eles [fabricantes chineses] definitivamente não têm chance de vender nos EUA, mas se continuarem focando na Europa como estão, não acho que isso seja um risco e não acho que chegue a um ponto em que a administração dos EUA diga aos países da Europa que precisam parar de vender Xiaomi, Honor ou qualquer outra marca”, disse Jeronimo à CNBC.
“Acho que não há um grande risco, porque, no final das contas, eles não estão focando nos consumidores dos EUA.” Outra razão pela qual os EUA podem não atacar as empresas chinesas tão pesadamente quanto a Huawei é porque isso poderia prejudicar empresas de tecnologia americanas, de acordo com Neil Shah, parceiro da Counterpoint Research.
“É difícil dizer o quanto Trump apertará o cerco sobre os fabricantes chineses, porque eles dependem do Google, Microsoft e Qualcomm”, disse Shah à CNBC.
Fabricantes chineses que vendem fora da China utilizam o sistema operacional Android do Google em seus smartphones. Enquanto isso, muitos deles dependem de chips da empresa americana Qualcomm. Muitos fabricantes chineses de smartphones também vendem laptops e tablets que podem rodar o sistema operacional Windows da Microsoft.
Restringir o acesso das empresas chinesas a essas tecnologias poderia prejudicar as empresas dos EUA, argumenta Shah.
“A Qualcomm perderia, a Microsoft perderia e, eventualmente, o Google também perderia”, afirmou Shah.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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