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Trump reconheceu que poderia causar uma recessão, mas não queria uma depressão, de acordo com o WSJ

Publicado 10/04/2025 • 16:48 | Atualizado há 4 meses

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Reportagem do Wall Street Journal afirma que o presidente Donald Trump sabia que a economia poderia entrar em recessão com a política tarifária.
  • Segundo fontes próximas, Trump estava ciente dos riscos e queria evitar que o cenário evoluísse para uma depressão econômica.
  • Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, disse à CNBC na quinta-feira que o colapso do mercado de títulos contribuiu para a decisão de Trump de recuar em sua política comercial.
Donald Trump

Presidente dos EUA Donald Trump

@WhiteHouse/Fotos Públicas

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou, em conversas privadas, o temor de que seu plano de tarifas comerciais pudesse levar a economia dos Estados Unidos a uma depressão, segundo reportagem do Wall Street Journal. O jornal, citando fontes próximas às discussões, revelou que Trump sabia que tarifas poderiam causar recessão, e que seu objetivo era evitar que cenário ainda mais grave, de depressão econômica.

Trump também teria dito a seus assessores que estava disposto a aceitar a “dor” em relação à política tarifária, conforme relatou ao Wall Street Journal uma pessoa que conversou com ele na segunda-feira.

Economistas definem uma depressão como uma recessão extremamente severa, caracterizada por desemprego elevado e uma recessão prolongada. Os Estados Unidos não enfrentam este cenário desde a Grande Depressão da década de 1930, quando o desemprego atingiu 25%. Isso se deve, em grande parte, aos avanços na política monetária e fiscal, bem como a programas como o seguro de depósitos da Federal Deposit Insurance Corp.

Embora muitos economistas já alertassem para o risco de recessão decorrente das tarifas de Trump, que poderiam paralisar o comércio global, nenhum deles previa uma depressão.

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Títulos americanos despencaram

Nos dias que antecederam o anúncio de Trump de que reverteria algumas tarifas específicas na quarta-feira, os rendimentos dos títulos do Tesouro dispararam e as ações despencaram. A reversão da política impulsionou uma forte recuperação do mercado de ações, com o índice S&P 500 registrando seu melhor dia desde 2008.

Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, afirmou à CNBC na quinta-feira que a queda no mercado de títulos contribuiu para a decisão de Trump. O rendimento do título do Tesouro de 10 anos ultrapassou 4,5% na madrugada de terça para quarta-feira, devido a especulações de que um grande detentor estrangeiro, como o Japão ou a China, estaria vendendo títulos. Os preços dos títulos se movem inversamente aos rendimentos.

“Tudo estava seguindo em ordem”, disse Hassett à CNBC. “Não há dúvida de que o mercado de títulos ontem fez com que a decisão de que era hora de agir fosse tomada com, talvez, um pouco mais de urgência. Mas isso iria acontecer.”

Trump também reconheceu o papel das preocupações dos investidores em declarações feitas após a decisão na quarta-feira. “Achei que as pessoas estavam saindo um pouco da linha”, disse Trump. “Eles estavam ficando um pouco agitados, um pouco com medo.”

A Casa Branca não respondeu imediatamente ao pedido da CNBC de comentários sobre as supostas preocupações de Trump com uma depressão.

Um dos fatores que influenciaram as mudanças de Trump foi o crescente papel do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, na assessoria sobre política comercial, segundo o Wall Street Journal, que citou pessoas próximas à situação. O número de países que negociam com a Casa Branca também tornou Trump aberto a mudar de rumo, disse uma pessoa que conversou com o presidente ao jornal.

Leia a reportagem do Wall Street Journal aqui.


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