União Europeia propõe plano de 800 bilhões de euros para reforçar defesa
Publicado 04/03/2025 • 09:31 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 04/03/2025 • 09:31 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
Ursula Von der Leyen
Foto: Nicolas TUCAT / AFP
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta terça-feira (4) um plano para aumentar drasticamente os investimentos em defesa na União Europeia (UE). Batizado de “ReArm Europe”, o programa prevê a mobilização de até 800 bilhões de euros para fortalecer as capacidades militares dos países do bloco.
“A Europa está pronta para aumentar maciçamente seus gastos com defesa. Tanto para responder à urgência do momento e apoiar a Ucrânia quanto para assumir, a longo prazo, uma maior responsabilidade sobre a nossa própria segurança”, afirmou von der Leyen em um comunicado à imprensa.
A líder europeia destacou que o continente está vivendo uma “era de rearmamento” e que o plano busca garantir uma Europa mais segura e resiliente.
Von der Leyen enviou uma carta aos líderes da UE antes da reunião do Conselho Europeu desta semana, onde apresentará formalmente o plano “ReArm Europe”. Segundo a proposta, o projeto contará com 150 bilhões de euros em empréstimos para que os países-membros invistam em áreas estratégicas da defesa, incluindo:
O plano também prevê flexibilização nas regras fiscais da UE para permitir que os países utilizem recursos públicos nacionais para investimentos militares. Isso será viabilizado pela ativação da cláusula de escape do Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE, dando mais liberdade aos governos para ampliar seus gastos com defesa.
Além disso, a Comissão Europeia estuda ajustes no orçamento do bloco e a mobilização de capital privado para aumentar os investimentos no setor.
Os 27 líderes da UE se reunirão na quinta-feira (6) em Bruxelas para debater o plano e reforçar o apoio à Ucrânia. A iniciativa também ocorre em meio a crescentes pressões dos Estados Unidos, especialmente do ex-presidente Donald Trump, para que os aliados europeus aumentem seus gastos militares.
Trump tem insistido para que os países da OTAN elevem seus investimentos em defesa além do atual mínimo de 2% do PIB. Algumas nações ainda não atingiram essa meta, enquanto outras, como a Polônia, defendem um aumento substancial nos gastos devido à ameaça representada pela invasão russa da Ucrânia.
A postura recente de Washington em relação ao conflito, incluindo atritos com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e relatos de que os EUA teriam suspenso parte da ajuda militar à Ucrânia, aumentou a urgência para que a Europa fortaleça sua própria capacidade de defesa.
Com o “ReArm Europe”, a UE busca reforçar sua autonomia militar e garantir maior estabilidade diante dos desafios geopolíticos globais.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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