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Xi Jinping está no Cazaquistão para fortalecer laços com a Ásia Central
Publicado 17/06/2025 • 10:00 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/06/2025 • 10:00 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Xi Jinping, presidente da China
Reprodução.
O presidente chinês, Xi Jinping, encontrou-se com líderes da Ásia Central em uma cúpula no Cazaquistão nesta terça-feira (17), sua segunda viagem à região em menos de um ano, enquanto Pequim compete com a Rússia por influência na região.
A cúpula em Astana reúne Xi — que chegou à capital cazaque na segunda-feira (16) — e os líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e Turcomenistão.
Sob a órbita da Rússia até a queda da União Soviética em 1991, os cinco países da Ásia Central têm atraído o interesse de grandes potências, incluindo China e Estados Unidos, desde que se tornaram independentes.
A região é rica em recursos naturais e está estrategicamente localizada na encruzilhada entre a Europa e a Ásia.
Em um encontro com o presidente quirguiz, Sadyr Japarov, na terça-feira (17), Xi pediu que os dois países “intensifiquem o comércio e o investimento e expandam a cooperação em setores emergentes”, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
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As duas partes devem “promover a construção de alta qualidade da ferrovia China-Quirguistão-Uzbequistão e fomentar novos motores de crescimento em energia limpa, minerais verdes e inteligência artificial”, teria dito Xi.
Em conversas com o presidente tajique, Emomali Rahmon, Xi afirmou que Pequim “apoia firmemente o Tajiquistão na salvaguarda de sua independência, soberania e segurança nacional”, segundo a Xinhua.
O líder chinês também se reuniu com o presidente uzbeque Shavkat Mirziyoyev e o presidente turcomeno Serdar Berdymukhamedov, segundo a mídia estatal de Pequim.
Embora os líderes da Ásia Central continuem a ver a Rússia como um parceiro estratégico, os laços com Moscou se estreitaram desde a guerra na Ucrânia.
Os cinco países estão aproveitando o crescente interesse em sua região e coordenando suas políticas externas.
Eles realizam cúpulas regularmente com a China e a Rússia para apresentar a região como um bloco unificado e atrair investimentos.
Conversas de alto nível no formato “5+1” também foram organizadas com a União Europeia, os Estados Unidos, a Turquia e outros países ocidentais.
“Os países da região estão se equilibrando entre diferentes centros de poder, querendo se proteger da dependência excessiva de um parceiro”, disse a cientista política quirguiz Nargiza Muratalieva à AFP.
A Rússia afirma que a crescente influência da China na região não representa uma ameaça.
“Não há motivo para tais temores. A China é nossa parceira estratégica privilegiada, e os países da Ásia Central, naturalmente, são nossos parceiros históricos naturais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres na segunda-feira.
Mas a China agora se consolidou como a principal parceira comercial da Ásia Central, ultrapassando em muito a UE e a Rússia.
A Ásia Central também é um alvo importante para a China em sua iniciativa Cinturão e Rota — que utiliza enormes investimentos em infraestrutura como alavanca política e diplomática.
A construção da ferrovia Uzbequistão-Quirguistão-China e da rodovia China-Tadjiquistão, que atravessa as Montanhas Pamir até o Afeganistão, estão entre os investimentos planejados.
Novas passagens de fronteira e “portos secos” já foram construídos para processar o comércio, como Khorgos, no Cazaquistão, um dos maiores polos logísticos do mundo.
“Nem a Rússia nem as instituições ocidentais são capazes de alocar recursos financeiros para infraestrutura tão rapidamente e em tão grande escala, às vezes ignorando procedimentos transparentes”, disse Muratalieva.
O Cazaquistão afirmou na semana passada que a Rússia lideraria a construção de sua primeira usina nuclear, mas que queria que a China construísse a segunda.
“A Ásia Central é rica em recursos naturais como petróleo, gás, urânio, ouro e outros minerais, dos quais a economia chinesa em rápido desenvolvimento necessita”, disse Muratalieva.
“Garantir o fornecimento ininterrupto desses recursos, contornando rotas marítimas instáveis, é um objetivo importante de Pequim”, acrescentou o analista.
A China também se posiciona como apoiadora das lideranças predominantemente autoritárias da Ásia Central.
Na última cúpula Ásia Central-China, Xi pediu “resistência à interferência externa” que pudesse provocar “revoluções coloridas” que poderiam derrubar os atuais líderes da região.
“Pequim vê a estabilidade dos Estados da Ásia Central como garantia da segurança de suas fronteiras ocidentais”, disse Muratalieva.
A região de Xinjiang, noroeste da China, na fronteira com a Ásia Central, onde Pequim é acusada de ter detido mais de um milhão de uigures e outros muçulmanos, faz parte de uma campanha que a ONU considerou poder constituir “crimes contra a humanidade”.
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