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Zelensky pede criação de ‘exército europeu’ e alerta que Rússia ‘não busca diálogo’
Publicado 17/02/2025 • 11:28 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 17/02/2025 • 11:28 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Volodmir Zelensky.
Foto: Wikipedia Commons
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu a criação de um exército europeu para fortalecer a defesa do continente. Durante a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, ele alertou que a Rússia “não está se preparando para o diálogo” e que qualquer negociação de paz só será possível com garantias de segurança reais.
Zelensky afirmou que Kiev tem informações de inteligência, indicando que a Rússia pretende enviar tropas para Belarus neste verão sob o pretexto de exercícios militares. Ele classificou o país vizinho como uma nova “província russa” e alertou que essa movimentação representa uma ameaça direta aos países da Otan que fazem fronteira com Belarus.
Em seu discurso, Zelensky defendeu que a segurança do continente não pode depender de decisões externas. “Precisamos construir as forças armadas da Europa, para que o futuro do continente esteja nas mãos dos europeus, e as decisões sobre a Europa sejam tomadas aqui”, afirmou, em uma possível referência à incerteza sobre o apoio dos Estados Unidos à segurança europeia.
“Temos que ser autossuficientes, unidos por forças comuns”, continuou. “Sejamos honestos: não podemos descartar a possibilidade de que os EUA digam ‘não’ à Europa em questões que ameaçam nossa segurança.”
Na sexta-feira (14), Zelensky se reuniu com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, para discutir as perspectivas de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. No entanto, o líder ucraniano reforçou que qualquer negociação com o presidente russo, Vladimir Putin, exigiria garantias de segurança concretas.
O presidente da Ucrânia descartou confiar em promessas feitas por Moscou. “Não podemos aceitar um cessar-fogo sem garantias reais de segurança”, declarou. “Putin não pode oferecer garantias concretas — não apenas porque é um mentiroso, mas porque a Rússia, no estado em que se encontra, precisa da guerra para manter o poder.”
A CNBC procurou o Kremlin para comentar as declarações de Zelensky.
Na sexta-feira, em entrevista à NBC News, o presidente ucraniano reconheceu que seria “muito, muito, muito difícil” para o país resistir sem o apoio militar dos EUA. Ele também destacou que, caso a Ucrânia não consiga ingressar na Otan, precisaria dobrar o tamanho de seu exército.
Zelensky reafirmou que não abrirá mão da tentativa de ingressar na Otan. “Não vou retirar da mesa a adesão da Ucrânia à Otan. Mas, no momento, parece que o membro mais influente da aliança é Putin, porque suas vontades têm o poder de bloquear decisões”, criticou.
Ao mesmo tempo, ele sugeriu a criação de uma nova estrutura de defesa que incluiria a Ucrânia e seus vizinhos. Segundo ele, essa aliança cobriria as fronteiras orientais da Ucrânia, de Belarus, dos países bálticos e da Finlândia, formando uma “linha de defesa” baseada no direito internacional.
O ex-presidente dos EUA Donald Trump já afirmou diversas vezes que não enviaria tropas americanas para a Ucrânia, mesmo como forma de dissuadir a Rússia. Em vez disso, ele propôs um pacto econômico entre Washington e Kiev, focado na exploração de minerais estratégicos, para garantir a segurança do país no pós-guerra.
A Conferência de Segurança de Munique reúne autoridades de defesa e segurança globais para debater o futuro da Ucrânia e o redesenho da arquitetura de defesa europeia.
Nos últimos dias, cresceram as especulações sobre um possível acordo de paz após Trump realizar conversas telefônicas separadas com Putin e Zelensky. Inicialmente, ele sugeriu que um acordo poderia ser fechado diretamente entre Washington e Moscou, mas depois afirmou que o líder ucraniano e “muitas outras pessoas” estariam envolvidas.
Zelensky alertou que qualquer negociação entre EUA e Rússia sem a participação da Ucrânia seria “perigosa”. No entanto, autoridades americanas minimizaram algumas das exigências do presidente ucraniano. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou na última quarta-feira (12) que a entrada da Ucrânia na Otan e a recuperação das fronteiras pré-2014 são objetivos pouco realistas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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