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Zuckerberg se cala sobre comunidade LGBTQ+ e Meta se afasta do SF Pride
Publicado 24/06/2025 • 12:11 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 24/06/2025 • 12:11 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Imagem de arquivo. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, testemunha durante a audiência do Comitê Judiciário do Senado dos EUA "Big Tech e a Crise de Exploração Sexual Infantil Online" em Washington, DC, em 31 de janeiro de 2024.
Brendan SMIALOWSKI / AFP
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tem se mantido em silêncio em relação à comunidade LGBTQ+. Nem sempre foi assim. A diretora executiva da Parada do Orgulho de São Francisco, Suzanne Ford, lembra que Zuckerberg chegou a ligar pessoalmente para garantir a presença do Facebook no evento anual, reconhecido como a maior parada LGBTQ+ do mundo.
Em 2015, no entanto, a organização proibiu a participação do Facebook devido à exigência de que os usuários utilizassem seus nomes legais na rede social — o que, segundo a comunidade LGBTQ+, facilitava denúncias e exposições de pessoas trans e outras que não utilizavam seus nomes de registro.
Após mudanças na política, Zuckerberg telefonou ao então diretor executivo da SF Pride, George Ridgely, solicitando o retorno da empresa à parada.
Nos últimos anos, a relação entre a SF Pride e a Meta se deteriorou. Em março, a organização rompeu formalmente os laços com a empresa após mudanças internas que reduziram programas voltados à diversidade e à inclusão.
Segundo funcionários atuais e ex-colaboradores, a flexibilização nas políticas de moderação também pode aumentar os abusos online contra grupos marginalizados. Além disso, Zuckerberg tem buscado aproximação com o ex-presidente Donald Trump, que recentemente assinou um decreto para investigar iniciativas corporativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
Desde o rompimento, a SF Pride não recebeu mais nenhum contato da Meta. A empresa não participará do festival deste ano, que ocorre neste fim de semana no Centro Cívico de São Francisco. O tema de 2025 é “Alegria Queer é Resistência”.
A Meta não é a única gigante da tecnologia a se afastar. Empresas como Anheuser-Busch, Comcast, Diageo e Nissan também deixaram de patrocinar o SF Pride. A Alphabet, controladora do Google, seguiu o mesmo caminho. A falta de apoio é especialmente sentida devido à forte presença do setor tecnológico na região da baía de São Francisco — que historicamente representa tanto o berço da inovação quanto da comunidade LGBTQIA+.
Ford destacou que empresas de tecnologia representavam pouco mais de 15% do financiamento da SF Pride. Com a queda no número de patrocinadores, o orçamento está US$ 180 mil abaixo da meta. Ainda há apoio de Apple, Amazon e Salesforce, mas, segundo Ford, o silêncio da maioria das empresas do setor este ano é notável. Em edições anteriores, ela costumava ser convidada a dialogar com grupos internos dessas companhias. Este ano, não houve nenhum convite.
Ford também mencionou Sam Altman, CEO da OpenAI, como uma ausência sentida. Apesar de ser parte da comunidade LGBTQ+ e ter se casado recentemente, ele não se manifestou publicamente sobre o SF Pride neste ano. Ford afirmou ter se encontrado brevemente com Altman meses atrás, mas não houve continuidade no diálogo. Para ela, a OpenAI deveria apoiar a estrutura comunitária da cidade onde está sediada.
Segundo Amy Dufrane, CEO da organização de certificação HRCI, a ameaça de processos e retaliações públicas por parte de figuras políticas tem feito empresas e executivos evitarem manifestações públicas sobre diversidade e inclusão. Algumas, inclusive, preferem manter doações anônimas à SF Pride, segundo porta-voz da organização.
Ford reforça que a porta segue aberta para que Zuckerberg e a Meta retomem o contato, mas afirma que isso exigiria compromissos claros, talvez difíceis de serem assumidos. “Precisamos deixar espaço para mudanças. Caso haja uma nova liderança ou um reconhecimento de que o caminho atual está errado, queremos estar abertos ao diálogo — desde que eles demonstrem alinhamento com os nossos valores.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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