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Planejamento Financeiro

Um terço dos jovens americanos vive com os pais em meio à crise econômica

Publicado 17/11/2024 • 13:37 | Atualizado há 13 horas

Redação CNBC

Cerca de um terço dos jovens americanos entre 18 e 34 anos vive com pelo menos um dos pais.

Cerca de um terço dos jovens americanos entre 18 e 34 anos vive com pelo menos um dos pais.

Reprodução Pexels

Cerca de um terço dos jovens americanos entre 18 e 34 anos vive com pelo menos um dos pais, segundo o U.S. Census Bureau. Uma pesquisa de 2024 do Bank of America revelou que mais da metade dos adultos da Geração Z acredita que não ganha o suficiente para viver como gostaria, devido ao alto custo de vida. Essa situação reflete uma tendência que se manteve estável nos últimos anos, após um aumento significativo durante a pandemia.

Antes da pandemia, o aumento mais recente de jovens adultos morando com os pais ocorreu entre 2005 e 2015, coincidindo com a Grande Recessão. Joanne Hsu, professora associada de pesquisa na Universidade de Michigan, comentou: “Parte da razão pela qual vemos esse aumento de jovens que não saem de casa ou retornam é a dificuldade crescente em enfrentar choques econômicos”.

Impactos dos choques econômicos

Choques econômicos, como a crise financeira de 2008, a Grande Recessão e a pandemia, afetam a estabilidade financeira e o mercado, impactando a renda, o emprego e o nível de endividamento das famílias. A pesquisa de 2024 do Bank of America destaca que muitos millennials e adultos da Geração Z não possuem poupança emergencial, agravando a situação financeira desses grupos.

Victoria Franklin, de 27 anos, é um exemplo dessa realidade. Ela voltou a morar com a mãe em Oceanport, Nova Jersey, após se formar em 2019. Inicialmente, trabalhou como bartender e garçonete até conseguir um emprego em sua área em Nova York, que exigia um deslocamento de duas horas. “Pensei que em seis meses me mudaria para a cidade, mas a pandemia mudou esses planos”, disse Franklin.

Consequências econômicas da convivência familiar prolongada

Embora morar com os pais possa trazer benefícios financeiros pessoais, especialistas alertam que essa tendência pode impactar negativamente a economia. Hsu comentou que “o que é bom para uma pessoa ou família pode não ser bom para a macroeconomia”. Um estudo do Federal Reserve de 2019 estimou que jovens que saem de casa gastam cerca de US$ 13 mil (cerca de R$ 79,9 mil) a mais por ano em habitação, alimentação e transporte.

Essa situação levanta questões sobre o futuro econômico dos jovens adultos e a sustentabilidade desse modelo de vida. Com o aumento dos custos de vida e a dificuldade de acumular poupança, muitos jovens optam por permanecer na casa dos pais como uma estratégia para alcançar estabilidade financeira. No entanto, essa escolha pode ter implicações de longo prazo para o mercado imobiliário e o consumo, afetando o crescimento econômico.

Reflexões sobre o futuro econômico dos jovens

A discussão sobre como equilibrar as necessidades individuais com o impacto econômico mais amplo continua a ser um tema relevante para economistas e formuladores de políticas. A tendência de jovens adultos permanecerem na casa dos pais é um reflexo das condições econômicas atuais e das dificuldades enfrentadas por essa geração em busca de independência financeira.

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