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“Ela não para de falar”: extrovertidos podem irritar sem perceber

Publicado 13/11/2024 • 09:52 | Atualizado há 5 dias

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O livro “O Poder dos Quietos”, de Susan Cain, fez com que muitas pessoas introvertidas aceitassem suas características.
  • Mas o mesmo não ocorreu com os extrovertidos, que podem incomodar e irritar outras pessoas sem se dar conta disso.
  • Quem afirma é John Hackston, diretor de liderança de pensamento da The Myers-Briggs Company.
extrovertidos

Imagem de extrovertidos conversando

Reprodução Pexels

O livro “O Poder dos Quietos”, de Susan Cain, fez com que muitas pessoas introvertidas compreendessem e aceitassem suas características. Mas o mesmo não ocorreu com os extrovertidos, que podem incomodar e irritar outras pessoas sem se dar conta disso.

Quem afirma é John Hackston, diretor de liderança de pensamento da The Myers-Briggs Company.

“A sociedade ocidental tende a ver a extroversão como o padrão de comportamento ideal”. Com isso, pessoas com esse traço de personalidade não percebem o impacto que causam ao seu redor.

Extrovertidos podem interpretar mal os sinais

Em viagens, as diferenças podem aparecer já na fase de planejamento. Os extrovertidos se animam com a interação, preferem roteiros agitados, como cruzeiros ou viagens com muita vida noturna. 

Para Hackston, o problema é que os extrovertidos costumam achar que os outros têm o mesmo entusiasmo. “Eles querem esticar a festa quando outros já querem descansar”, e os introvertidos se sentem pressionados.

Extrovertidos também podem interpretar mal sinais sutis, como alguém que evita conversas.  “Introvertidos pausam para pensar antes de responder, e extrovertidos tendem a responder de imediato”, afirma Hackston.

Diferenças culturais

Hackston diz que, embora evitar estereótipos seja importante, há culturas, como a do sul da Itália, vistas como mais extrovertidas. Já países nórdicos, como a Finlândia, são tradicionalmente mais reservados.

“Ainda que pareçam todos introvertidos, os finlandeses distinguem-se entre extrovertidos e introvertidos do próprio país”, brinca ele.

Consciência mútua

Hackston recomenda que famílias e amigos façam o teste Myers-Briggs para uma melhor compreensão mútua.

“O teste revela algo aparentemente simples, mas essencial: as pessoas são diferentes”, diz ele. “Se seu parceiro prefere outro ritmo, não é para provocar, é quem ele é”.

O Myers-Briggs também ajuda a mapear outros traços de personalidade. Extrovertidos “julgadores” preferem planejamento, enquanto “perceptivos” gostam de improviso — o que pode gerar atritos durante viagens.

Emma Morrell, influenciadora de viagens, diz evitar esses problemas ao escolher bem suas companhias. “É importante se conhecer e entender quem está com você”, afirma. “Tenho amigos que amo, mas não viajaria com eles. Boa amizade não garante boa parceria de viagem”.

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