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Fome jamais deve ser usada como ‘arma de guerra’, diz chefe da ONU

Publicado 28/07/2025 • 11:56 | Atualizado há 2 meses

AFP

KEY POINTS

  • O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou nesta segunda-feira (28) que a comida não pode ser usada como arma de guerra.
  • A declaração foi feita enquanto líderes mundiais se reúnem em uma cúpula sobre segurança alimentar na África, onde 280 milhões de pessoas enfrentam fome e desnutrição.
  • "A fome alimenta a instabilidade e mina a paz. Jamais podemos aceitar a fome como arma de guerra", declarou Guterres durante a Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU (UNFSS), realizada na capital etíope Adis Abeba, por videoconferência.

Mark Garten/ ONU

António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou nesta segunda-feira (28) que a comida não pode ser usada como arma de guerra, enquanto líderes mundiais se reúnem em uma cúpula sobre segurança alimentar na África, onde 280 milhões de pessoas enfrentam fome e desnutrição.

Já a União Africana pediu aos países doadores que aumentem o apoio ao continente mais pobre do mundo, que sofre com a pobreza, conflitos e impactos das mudanças climáticas.

“A fome alimenta a instabilidade e mina a paz. Jamais podemos aceitar a fome como arma de guerra”, declarou Guterres durante a Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU (UNFSS), realizada na capital etíope Adis Abeba, por videoconferência.

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“As mudanças climáticas estão prejudicando colheitas, cadeias de suprimentos e dificultando a ajuda humanitária”, destacou.

“Os conflitos continuam espalhando a fome, de Gaza ao Sudão e além”, alertou Guterres, em meio à grave crise em Gaza, onde mais de dois milhões de pessoas enfrentam risco de fome e desnutrição.

A Organização Mundial da Saúde já alertou que a desnutrição nos territórios palestinos ocupados atingiu “níveis alarmantes” desde que Israel impôs um bloqueio total à Faixa de Gaza em 2 de março.

No fim de maio, foi permitida a entrada de uma quantidade mínima de ajuda, mas mais de 100 ONGs já alertaram que a “fome em massa” está se espalhando pelo território sitiado.

Milhões passando fome

A cúpula acontece em meio a cortes na ajuda dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, prejudicando gravemente grande parte do mundo em desenvolvimento.

Mahmoud Ali Youssouf, chefe da comissão executiva da União Africana, afirmou que a insegurança alimentar está crescendo em toda a África, culpando “eventos climáticos extremos, conflitos e crises econômicas”.

“Neste momento tão delicado, quantas crianças e mães no continente estão indo dormir com fome?”, questionou. “Milhões, com certeza. A gravidade da situação é inegável.”

Youssouf afirmou que mais de 280 milhões de africanos estão desnutridos, sendo que “quase 3,4 milhões… estão à beira da fome”.

Segundo ele, cerca de 10 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por causa da seca, enchentes e ciclones.

Apelo por investimentos na agricultura e financiamento de soluções africanas

Youssouf pediu que os países-membros da União Africana destinem 10% de seu Produto Interno Bruto à agricultura, para ajudar a construir uma “resiliência nutricional”.

“Mas não conseguimos fazer isso sozinhos. Pedimos aos nossos parceiros que cumpram seus compromissos de financiar e apoiar soluções africanas”, completou.

Crise humanitária no sudão agrava cenário de fome e deslocamento

O Sudão é “a maior catástrofe humanitária enfrentada pelo mundo atualmente e, ao mesmo tempo, a mais esquecida”, afirmou Othman Belbeisi, diretor regional da agência de migração da ONU (IOM), em entrevista coletiva na semana passada.

Desde abril de 2023, o Sudão está mergulhado em uma disputa de poder entre o chefe do Exército, Abdel Fattah al-Burhan, e Mohamed Hamdan Daglo, comandante das Forças de Apoio Rápido, uma milícia rival.

Os combates já mataram dezenas de milhares de pessoas e obrigaram mais de sete milhões a deixarem suas casas.

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