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Empresas como Stanley Black & Decker e Conagra afirmam que tarifas devem custar centenas de milhões
Publicado 30/07/2025 • 10:15 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 30/07/2025 • 10:15 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
Stanley Black & Decker.
Divulgação Stanley Black & Decker.
As empresas estão se preparando para o tão aguardado prazo desta sexta-feira (1), quando a Casa Branca afirma que começará a impor tarifas de importação mais altas sobre produtos de países estrangeiros. Agora, companhias de diversos setores alertam que essa mudança nas práticas de comércio global trará custos significativos.
A fabricante de ferramentas Stanley Black & Decker afirmou nesta terça-feira que espera um impacto anualizado de US$ 800 milhões decorrentes de mudanças políticas relacionadas às tarifas. Esse valor não inclui os custos adicionais com as medidas que a empresa está adotando para mitigar os efeitos das taxas, segundo o diretor financeiro Patrick Hallinan.
Para a Conagra Brands — controladora das marcas Marie Callender’s e Slim Jim — tarifas mais altas devem elevar o custo dos produtos vendidos em 3%, representando um aumento anual superior a US$ 200 milhões, afirmou o CEO Sean Connolly no início deste mês.
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A maior parte da produção da empresa, sediada em Chicago, está localizada nos Estados Unidos. No entanto, a gestão afirma que ainda precisa lidar com tarifas sobre aço e alumínio, que vão encarecer as embalagens.
A Tesla, liderada pelo ex-aliado de Donald Trump, Elon Musk, afirmou que os custos relacionados às tarifas aumentaram cerca de US$ 300 milhões. Aproximadamente dois terços desse valor vêm da divisão automotiva da fabricante de veículos elétricos, enquanto o restante é atribuído à área de energia.
“Estamos fazendo o possível para administrar esses impactos, mas enfrentamos um cenário imprevisível no que diz respeito às tarifas”, afirmou o diretor financeiro Vaibhav Taneja a analistas e investidores durante a teleconferência de resultados da Tesla na semana passada.
Essas pressões se estendem por toda a indústria automotiva. A General Motors informou que seu lucro antes de juros e impostos no último trimestre sofreu um impacto de US$ 1,1 bilhão, atribuído ao efeito líquido das tarifas, segundo a montadora sediada em Detroit.
A fabricante de ar-condicionado Carrier Global afirmou nesta terça-feira que espera gastar cerca de US$ 200 milhões para compensar o impacto das tarifas.
No mesmo dia, a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool informou que as vendas e os lucros na América do Norte foram prejudicados no segundo trimestre, à medida que concorrentes asiáticos aceleraram exportações para os EUA antes da alta das tarifas.
Os consumidores dos EUA ainda não sentiram aumentos significativos na inflação devido às tarifas mais altas. Isso se deve ao fato de que empresas americanas estão absorvendo os aumentos de custos, mas alguns economistas alertam que os repasses aos consumidores podem começar logo após o prazo final desta semana.
Como resultado, a versão “núcleo” do índice de preços ao consumidor — que exclui alimentos e energia por serem mais voláteis — deve subir para uma taxa anual de 3,2% no terceiro trimestre, ante 2,1% no segundo, segundo Nancy Lazar, economista-chefe global da Piper Sandler.
Exportadores estrangeiros arcam com “muito pouco” das tarifas e estão “se saindo facilmente”, disse Lazar em nota recente aos clientes.
Ainda assim, nem todas as empresas americanas estão adotando uma postura passiva diante dos custos mais altos.
Paul De Cock, diretor de operações da fabricante de carpetes Mohawk Industries, afirmou na semana passada que a empresa está aplicando aumentos de preços de 8%. Segundo ele, pode ser necessário um novo reajuste no setor, caso as tarifas elevem ainda mais os custos.
“Seguimos trabalhando com clientes e fornecedores para administrar o impacto das tarifas conforme a situação evolui”, disse De Cock em teleconferência de resultados da empresa, sediada na Geórgia.
A Mohawk está incentivando os consumidores a optarem por alternativas produzidas nos Estados Unidos, segundo ele. A empresa também está ampliando a capacidade de produção de bancadas de quartzo no Tennessee, o que deve aumentar a oferta de produtos não sujeitos a tarifas, acrescentou De Cock.
Por sua vez, a Casa Branca busca aliviar as preocupações das empresas em relação ao prazo iminente para as tarifas, que foram um dos pilares da campanha de Trump no ano passado.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, por exemplo, afirmou à CNBC nesta terça-feira que os países que enfrentam tarifas elevadas podem reduzi-las negociando um acordo com os Estados Unidos.
“Não acredito que seja o fim do mundo se essas tarifas de retomada vigorarem por alguns dias ou até semanas, desde que os países estejam avançando e tentando negociar de boa-fé”, afirmou ele.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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