Ondas de tsunami chegaram à Califórnia e ao Havaí algumas horas depois de um forte terremoto de magnitude 8,8 atingir o Extremo Oriente da Rússia.
Na manhã desta quarta-feira (30), o Centro Nacional de Alerta de Tsunami dos Estados Unidos informou que ondas de tsunami atingiram Arena Cove, na Califórnia, chegando a 50 centímetros acima do nível da maré.
Impacto inicial e alertas emitidos
No Havaí, foram registradas ondas de até 1,5 metro acima do nível da maré, embora o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico tenha afirmado que os dados disponíveis indicam que não deve ocorrer um grande tsunami no estado.
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Primeiro tsunami de 30 cm é observado no Japão
“Um forte terremoto na Bacia do Pacífico gerou uma onda de tsunami. Alertas e avisos de tsunami foram emitidos para o Havaí, partes do Alasca, Guam, Samoa Americana e a Costa Oeste dos EUA”, informou o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos mais cedo nesta quarta-feira (30).
O NWS orientou a população dos estados afetados a seguir as instruções dos órgãos públicos e ficar atenta, tomando cuidado ao se aproximar ou entrar no mar.
O órgão alertou que ainda podem ocorrer alterações no nível do mar e correntes fortes próximas à costa, portos e marinas. Acrescentou que autoridades estão avaliando os danos, mas as áreas de evacuação costeira ainda não foram reabertas, recomendando que os moradores evitem essas regiões.
Detalhes sobre o terremoto e respostas oficiais
Os avisos foram emitidos após um poderoso terremoto de magnitude 8,8 próximo à Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, nas primeiras horas da quarta-feira (30). O tremor acionou alertas de tsunami no Japão e em vários estados do oeste dos Estados Unidos, incluindo Havaí, Alasca e Califórnia.
O terremoto também provocou ordens de evacuação no Havaí e no Japão. A Guarda Costeira dos EUA ordenou que embarcações comerciais deixassem os portos do Havaí.
Até o momento, o Havaí “não viu ondas de grandes proporções, o que é um grande alívio para nós”, afirmou o governador do Havaí, Josh Green, em entrevista coletiva. Ele explicou que o Havaí registrou duas ondas passando pelo Atol de Midway: uma de 30 centímetros e outra de cerca de 90 centímetros.
Green acrescentou que, além da “Big Island”, não foram percebidas ondas de maior impacto e que o estado só consideraria a situação sob controle em duas ou três horas. A coletiva aconteceu às 20h20 no horário local.
Reações no japão e medidas de segurança
O Japão emitiu alertas de tsunami para boa parte de sua costa leste e avisos de menor intensidade para outras regiões, segundo a Agência Meteorológica do Japão.
A agência estimou que um tsunami atingiria Hokkaido, a área japonesa mais próxima do epicentro, às 10h do horário local, com altura máxima prevista de 3 metros.
Kiyomoto Masashi, representante da Agência Meteorológica do Japão, alertou os moradores das áreas costeiras para buscarem lugares mais altos, destacando que tsunamis podem acontecer por mais de um dia após o tremor, segundo a imprensa local.
Impactos nos transportes aéreos e cancelamentos
De acordo com veículos de imprensa do Havaí, citando comunicado conjunto das companhias Hawaiian Airlines e Alaska Airlines, vários voos para o Havaí retornaram ao continente americano ou foram desviados. Alguns outros voos estão suspensos enquanto aguardam mais informações.
“Estamos monitorando um alerta de tsunami para as ilhas havaianas e parte do estado do Alasca e avaliando nossas operações de voo. Neste momento, as decolagens para as ilhas estão suspensas tanto na Hawaiian Airlines quanto na Alaska Airlines”, informaram as empresas, segundo o Hawaii News Now.
Todos os voos de chegada e saída da ilha de Maui, no Havaí, foram cancelados, informou o governador Green durante a coletiva.
Entendendo a formação e o perigo dos tsunamis
Um tsunami é formado por uma série de grandes ondas oceânicas, cujas cristas podem durar de cinco a quinze minutos ou até mais, conforme explica o site oficial do Condado de Maui.
“O perigo pode continuar por muitas horas… As ondas de tsunami se espalham facilmente ao redor das ilhas, então todas as praias correm risco, independentemente da direção”, diz o comunicado.
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