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Exportações brasileiras de alumínio enfrentam impacto com nova tarifa dos EUA, diz Abal
Publicado 31/07/2025 • 11:24 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 31/07/2025 • 11:24 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Pixabay.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (31), a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) informou que a nova tarifa recíproca determinada pelo governo dos Estados Unidos, por meio de ordem executiva, não será acumulada à tarifa de 50% já vigente desde junho de 2025. A alíquota anterior foi imposta com base na Seção 232 da legislação comercial norte-americana.
O novo documento também define uma lista de produtos isentos das duas tarifas. Entre eles, está a alumina, considerada essencial para a produção de alumínio primário e outros usos industriais. No entanto, itens como bauxita, hidróxido de alumínio, óxido de alumínio e cimento aluminoso não estão entre as exceções e, portanto, continuam sujeitos à nova taxa.
De acordo com a Abal, mesmo com a não cumulatividade, os efeitos econômicos já são significativos. Em 2024, os Estados Unidos foram o terceiro principal destino das exportações brasileiras de alumínio, com 14,2% das vendas externas do setor, o equivalente a US$ 773 milhões (cerca de R$ 4,2 bilhões). A entidade estima que cerca de um terço desse valor esteja atualmente sujeito à sobretaxa de 50%, o que inviabiliza a competitividade de diversos produtos brasileiros no mercado norte-americano.
As exportações brasileiras de produtos de alumínio sujeitos à Seção 232 caíram 28% no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Isso representa uma perda de US$ 46 milhões (R$ 350 milhões). Com a tarifa elevada para 50% e o aumento do escopo de produtos abrangidos, os prejuízos ao setor podem alcançar US$ 210 milhões (mais de R$ 1,15 bilhão) até o fim de 2025.
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Segundo a Abal, embora a alumina tenha sido excluída das novas tarifas, a cadeia produtiva poderá sofrer efeitos indiretos. Em 2024, o Brasil exportou cerca de 1,3 milhão de toneladas de alumina para os Estados Unidos, matéria-prima usada na produção de aproximadamente 90% do alumínio primário norte-americano. O Canadá, outro grande destino da alumina brasileira, é responsável por 64% da transformação do alumínio canadense, que, por sua vez, abastece parte relevante da indústria dos EUA.
A associação alerta para o risco de desequilíbrios nas etapas produtivas e de ruptura da complementariedade regional, com impacto potencial no abastecimento e na previsibilidade das operações industriais nos três países.
A Abal também destacou efeitos colaterais das tarifas, como a elevação dos preços internacionais do alumínio e o aumento da volatilidade no setor. A nova tarifa de 50% sobre o alumínio primário tem gerado uma dinâmica de arbitragem que favorece o uso da sucata de alumínio, resultando em uma corrida global por esse insumo.
Esse cenário levanta preocupações sobre a escassez de alumínio reciclado em regiões como União Europeia e Brasil. Segundo a Abal, a sucata é considerada estratégica para a transição energética e para a consolidação de uma economia circular. A entidade ressalta que o desvio de material reciclável para o exterior já era observado antes da atual escalada tarifária.
A Abal defende que a resposta a essas medidas tarifárias não se limite a uma abordagem comercial. Segundo a entidade, é necessário considerar a relevância estratégica do alumínio nas transições energética e industrial, buscando soluções que fortaleçam as cadeias produtivas regionais.
“A construção de soluções que fortaleçam nossas vantagens competitivas e a resiliência das cadeias produtivas deve buscar oportunidades de fortalecer as relações de complementaridade entre países parceiros”, afirmou a associação em nota.
Além da indústria do alumínio, outros setores exportadores brasileiros também acompanham os desdobramentos das medidas comerciais adotadas pelos Estados Unidos. A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) divulgou nota destacando suas expectativas e ações diante do cenário. Confira:
A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) seguirá acompanhado as negociações entre os governos dos dois países com a expectativa de um acordo que mantenha o mercado americano atrativo para as frutas brasileiras. A associação também continua apoiando os seus associados na interlocução com os importadores americanos e com o governo brasileiro na busca de medidas que possam mitigar prejuízos.
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