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Marcopolo registra alta de 17,8% na receita, impulsionada por exportações
Publicado 31/07/2025 • 17:58 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 31/07/2025 • 17:58 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Ônibus da Marcopolo.
Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
O segundo trimestre de 2025 marcou um avanço significativo para a Marcopolo S.A., que reportou crescimento expressivo em receita e lucro, apesar de retração na produção total. A companhia obteve receita líquida de R$ 2,3 bilhões, alta de 17,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, e alcançou lucro líquido de R$ 321,1 milhões, avanço de 28% frente ao segundo trimestre de 2024.
O desempenho foi impulsionado principalmente pelas operações internacionais e aumento das exportações.
Entre abril e junho, a produção consolidada da Marcopolo atingiu 3.800 unidades, redução de 5% na comparação anual. No Brasil, a produção somou 3.077 ônibus, queda de 8,3%, enquanto o exterior registrou 723 unidades, crescimento de 12,4%.
O recuo da fabricação no mercado interno está relacionado à menor demanda do programa Caminho da Escola, que havia concentrado volumes maiores no ano anterior. Já as exportações e operações internacionais ganharam relevância no portfólio da empresa.
O setor brasileiro de carrocerias para ônibus produziu 6.817 unidades no trimestre, retração de 2,7% ante 2024, segundo dados da FABUS. O mercado interno respondeu por 5.822 unidades, queda de 9%, enquanto as exportações saltaram 63,4%, totalizando 995 unidades. No acumulado do semestre, a produção nacional aumentou 4,5%, refletindo principalmente o bom desempenho das vendas externas.
O resultado operacional da Marcopolo destacou margem bruta de 25,7%, com lucro bruto de R$ 593,2 milhões. O EBITDA ficou em R$ 398,3 milhões, representando margem de 17,3%. As despesas com vendas somaram R$ 101,4 milhões, equivalentes a 4,4% da receita líquida, e as despesas administrativas atingiram R$ 120,6 milhões, ou 5,2% da receita.
O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 42,7 milhões, revertendo saldo negativo registrado no mesmo período do ano passado, em função da valorização do real e da gestão de hedge cambial nas exportações.
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A receita líquida consolidada do trimestre foi composta por R$ 1,31 bilhão no mercado interno (57%), R$ 249,4 milhões oriundos das exportações a partir do Brasil (10,8%) e R$ 742 milhões provenientes das operações internacionais (32,2%). O volume de unidades registradas na receita líquida chegou a 3.904, sendo 2.868 vendidas no Brasil, 343 exportadas e 693 em filiais no exterior.
A empresa manteve market share de 47,7% na produção nacional de carrocerias, com destaque para rodoviários, segmento em que a participação subiu para 53,1%.
Em relação ao endividamento financeiro, o saldo líquido totalizou R$ 1,36 bilhão ao fim de junho, dos quais R$ 1,17 bilhão corresponde ao segmento financeiro (Banco Moneo) e R$ 187,9 milhões ao segmento industrial.
O patrimônio líquido consolidado alcançou R$ 4,18 bilhões, alta de 5,4% no trimestre. O caixa e equivalentes somaram R$ 1,95 bilhão, aumento de 10,8% em relação ao trimestre anterior, sustentando a solidez financeira da companhia.
Os investimentos em ativos permanentes somaram R$ 65,6 milhões no trimestre, sendo R$ 30,2 milhões na controladora e R$ 35,4 milhões nas controladas, com prioridade para modernização de instalações e desenvolvimento de produtos, como chassis próprios e ônibus elétricos.
O mercado de capitais apresentou volume negociado de R$ 5,55 bilhões em ações da companhia, com investidores estrangeiros detendo 50,3% das ações preferenciais e 34,4% do capital total.
No cenário setorial, o segmento de ônibus rodoviários mostrou recuperação, com entregas de veículos de maior valor agregado representando 55% do total do trimestre. Em urbanos, a Marcopolo entregou dez ônibus elétricos integrais e cinco carrocerias, indicando retomada moderada mesmo com limitações no principal mercado consumidor.
O segmento de micros e Volares registrou retração, reflexo do arrefecimento das entregas ao programa Caminho da Escola, enquanto as exportações brasileiras de rodoviários e Volares tiveram forte crescimento.
Entre as operações internacionais, a Volgren (Austrália) manteve desempenho positivo, sustentada por carteira consistente com produtos de alto valor. A Metalsur (Argentina) apresentou resultados robustos, e a Polomex (México) adotou postura mais cautelosa devido a cenário desafiador. A MASA (África do Sul) e MAC (China) seguiram com resultados positivos. A coligada colombiana Superpolo permaneceu lucrativa, enquanto a canadense NFI apresentou resultado negativo no trimestre.
Para o segundo semestre, a Marcopolo espera capturar sinergias da sazonalidade positiva, com foco em vendas de maior valor agregado e possível incremento de volumes, mantendo a trajetória de execução das iniciativas estratégicas para 2025.
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