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EXCLUSIVO: Conversa entre Alckmin e secretário do Comércio dos EUA ‘não foi boa’, dizem autoridades à NBC News
Publicado 04/08/2025 • 07:00 | Atualizado há 50 minutos
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Publicado 04/08/2025 • 07:00 | Atualizado há 50 minutos
KEY POINTS
A conversa entre o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, para tratar do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump “não foi boa”. A informação é uma apuração exclusiva da NBC News, canal pertencente ao mesmo grupo da CNBC, que revelou: “Lutnick falou por telefone com seu correspondente brasileiro, segundo duas autoridadesdo Brasil – e a conversa não correu bem“.
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e lidera as negociações com os EUA, falou com Lutnick dias antes de Trump assinar a ordem executiva que aplicou a tarifa de 50% sobre produtos nacionais. O percentual é o maior entre os parceiros comerciais dos norte-americanos.
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O contato fez parte dos esforços para tentar reverter a sobretaxação. Para tentar resolver o impasse, uma delegação de senadores brasileiros se reuniu em Washington na semana passada com um grupo de senadores democratas e o republicano Thom Tillis.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, também viajou à capital norte-americana para se encontrar com o secretário de Estado, Marco Rubio, na última quarta-feira.
O Brasil, a quarta maior democracia do mundo, exporta commodities como café, carne bovina, laranjas, aeronaves, petróleo, ferro e aço para os EUA. O decreto executivo de Trump excluiu alguns produtos, mas não café ou carne bovina. O café importado do Brasil corresponde a quase um terço do que é consumido diariamente pelos norte-americanos.
A justificativa de Trump para o tarifaço é o déficit comercial dos EUA. Segundo ele, outras nações se aproveitam do país, o que muitos economistas discordam. No caso do Brasil, a afirmação está ainda mais longe de ser verdadeira: a balança comercial é favorável aos EUA, que têm um superávit de centenas de bilhões de dólares.
Além do suposto déficit comercial, Trump acusa o governo brasileiro de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro. No centro da discórdia, as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, recentemente enquadrado pelo governo norte-americano na lei Magnitsky, usada para punir estrangeiros com uma série de sanções. O ministro cuida do caso do 8 de janeiro de 2023, em que Bolsonaro é acusado – juntamente com outras 30 pessoas – de tentativa de golpe de estado depois de perder as eleições para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
O STF ordenou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e não acesse redes sociais, nem ligue para líderes estrangeiros ou deixe o país enquanto aguarda o fim do julgamento. Três autoridades brasileiras informaram à NBC News que a pena foi imposta depois que o deputado federal Eduardo Bolsonaro, em visita aos EUA, trabalhou para chamar a atenção de Trump e pressionar o Brasil em relação ao caso do pai.
“A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve terminar IMEDIATAMENTE!”, disse Trump em uma carta enviada ao presidente brasileiro e publicada em sua rede social, a Truth Social, em 9 de julho.
Além disso, Trump tem outra questão com Moraes. Em fevereiro deste ano, o ministro do STF proibiu a empresa de hospedagem de vídeos Rumble, usada pela plataforma Truth Social de Trump, de atuar no Brasil por não indicar um representante legal, não pagar multas e descumprir decisões judiciais.
A carta de Trump continuou vinculando tanto Bolsonaro quanto Moraes à decisão sobre as tarifas contra o Brasil. “Devido em parte aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos, a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos.”
Na quinta-feira passada, um painel do tribunal de apelações dos EUA ouviu argumentos sobre uma contestação à autoridade de Trump para impor tarifas por decreto executivo, apresentada por empresas e uma coalizão de procuradores-gerais estaduais. Os opositores das tarifas argumentam que a Casa Branca não estabeleceu a existência de uma emergência nacional que justifique a manobra comercial que, com raras exceções, deveria ser de autoridade do Congresso.
Nenhum outro presidente jamais tentou impor tarifas, alegando emergência nacional, como o que Trump está fazendo. Espera-se que o caso vá à Suprema Corte.
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