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Brasil precisa ser pragmático para enfrentar tarifas dos EUA, diz ex-secretário da Câmara de Comércio Exterior
Publicado 06/08/2025 • 20:46 | Atualizado há 3 meses
        
        
                            
                    
                    
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Publicado 06/08/2025 • 20:46 | Atualizado há 3 meses
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O Brasil deve dar uma resposta coordenada às tarifas norte-americanas sobre produtos nacionais, afirmou o economista Roberto Gianetti, ex-secretário da Câmara de Comércio Exterior, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“A primeira coisa que nós temos que fazer agora é ter uma estratégia de negociação, mas uma estratégia que seja pragmática, objetiva e eficiente. E essa estratégia passa pela diplomacia empresarial. Não acho que é o governo que tem que começar com ela, até porque o setor privado pode apresentar uma proposta de consenso bilateral que sirva de base para uma negociação presidencial”, afirmou.
Para ele, já existe um canal adequado para liderar essa mediação entre os países: “O fórum para fazer essa proposta é exatamente um mecanismo que já existe na relação Brasil-Estados Unidos, que é o CEO Forum. São 11 empresários brasileiros e 11 americanos, grandes nomes do setor produtivo, que têm legitimidade para apresentar propostas concretas ao governo. Esse grupo foi criado justamente para resolver impasses como esse e agora precisa agir”.
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Gianetti apontou os setores mais vulneráveis às sanções no curto prazo. “Eu vejo com mais preocupação aqueles setores de produtos perecíveis, porque não dá para estocar e muitas vezes também não dá para parar de produzir, o que pode significar fechar fábricas e demitir trabalhadores. São setores menores, mas com impacto direto”.
Para ele, a exclusão do café da lista de exceções foi uma surpresa negativa: “Não há como substituir o volume de café que os EUA compram do Brasil. São 8 milhões de sacas por ano. Nosso café tem aroma, sabor, é insubstituível. Nosso sangue tem café por dentro. Se a tarifa for mantida, o setor vai perder muito”.
O economista criticou a vulnerabilidade brasileira na importação de fertilizantes, especialmente os vindos da Rússia. “Nós estamos na mão de três ou quatro países e empresas. A ureia, que é nitrogenada, pode ser produzida aqui, com gás ou hidrogênio, mas não foi, por nossa própria incompetência. Já fiz um estudo sobre isso para a CNA em 2022. Se os EUA quiserem pressionar o Brasil nessa área, podem causar impacto profundo no agronegócio. Sem fertilizante, perdemos produtividade e viramos alvo fácil de sanções disfarçadas de proteção econômica”.
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