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Mercado reage negativamente ao lançamento da nova pílula de emagrecer da Lilly, de eficácia parecida ao Ozempic
Publicado 11/08/2025 • 07:53 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 11/08/2025 • 07:53 | Atualizado há 9 horas
KEY POINTS
Sede da Eli Lilly, em North Carolina, nos EUA
Divulgação/Eli Lilly
As ações da Eli Lilly, farmacêutica de maior valor de mercado do mundo, caíram 16% desde a divulgação dos resultados do estudo com a orforgliprona, comprimido para tratamento da obesidade. A queda refletiu a frustração de investidores, que esperavam um desempenho similar ao do Wegovy, injeção da Novo Nordisk que proporcionou perdas de 14% a 15% do peso corporal em ensaios clínicos.
Na manhã desta segunda-feira (11), os papéis avançavam 0,63% nas negociações pré-mercado da Bolsa de Nova York (NYSE). A dinamarquesa Novo Nordisk, que também enfrentou fortes quedas recentemente, recuperou até 10% de valor nos últimos dias.
O resultado da Lilly ficou na faixa inferior das projeções de Wall Street. Ainda assim, especialistas destacam que os comprimidos são uma peça estratégica para ampliar o acesso aos tratamentos, num mercado que pode atingir US$ 95 bilhões até 2030. A formulação oral evita barreiras associadas às injeções e pode atrair pacientes que resistem ao uso de seringas.
A Eli Lilly anunciou na última quinta-feira (7) os resultados do ATTAIN-1, ensaio clínico de fase 3 que avaliou a orforgliprona, um agonista oral do receptor GLP-1, em 3.127 adultos com obesidade ou sobrepeso com comorbidades, mas sem diabetes. O tratamento, tomado uma vez ao dia, não exige restrições de comida ou água.
Após 72 semanas, a dose de 36 mg resultou em perda média de 12,4% do peso corporal — equivalente a 12,4 kg (27,3 lbs) — contra 0,9% no grupo placebo (2,2 lbs). O desempenho fica abaixo do Mounjaro (tirzepatida), que pode alcançar cerca de 20% de perda, e próximo ao Ozempic (semaglutida), com reduções entre 10% e 15%.
As doses de 12 mg e 6 mg geraram reduções médias de 9,4 kg e 8 kg, respectivamente. Mais de 59% dos pacientes na dose máxima perderam ao menos 10% do peso, e 39,6% superaram 15%.
Além da redução de peso, o medicamento apresentou melhorias em marcadores de risco cardiovascular, incluindo queda do colesterol não-HDL, triglicerídeos e pressão arterial sistólica.
Na dose de 36 mg, houve redução de 47,7% nos níveis de proteína C reativa ultrassensível (hsCRP), associada à inflamação sistêmica.
O perfil de segurança foi consistente com outros GLP-1. Os efeitos adversos mais comuns foram gastrointestinais, como náusea (até 35,9%), constipação (29,8%), diarreia (23,1%), vômito (24%) e dispepsia (16,2%), geralmente de leves a moderados.
A taxa de descontinuação devido a eventos adversos variou de 5,1% a 10,3% nas doses testadas, contra 2,6% no placebo. No total, incluindo qualquer motivo, as taxas ficaram entre 21,9% e 24,4%, abaixo dos 29,9% do grupo placebo.
Os participantes foram recrutados em dez países, incluindo Brasil, EUA, China e Espanha, e randomizados para receber 6 mg, 12 mg ou 36 mg do medicamento, ou placebo, em proporção 3:3:3:4. As doses foram escalonadas gradualmente a cada quatro semanas até atingir a manutenção.
A orforgliprona é uma molécula sintética não peptídica, descoberta pela Chugai Pharmaceutical e licenciada pela Lilly em 2018. É o primeiro agonista oral de GLP-1 desenvolvido especificamente para obesidade.
A empresa pretende submeter o pedido de registro às agências regulatórias até o fim de 2025 e já investe na expansão de capacidade para um lançamento global. Os resultados completos serão apresentados em setembro, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), e publicados em revista científica.
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