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Trump abre brecha para Nvidia negociar versão reduzida de chip para China
Publicado 12/08/2025 • 07:54 | Atualizado há 24 horas
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Publicado 12/08/2025 • 07:54 | Atualizado há 24 horas
KEY POINTS
Daniel Torok / Casa Branca / Flickr
O presidente Donald Trump e sua equipe de segurança nacional se reúnem na Sala de Situação da Casa Branca, sábado, 21 de junho de 2025.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que estaria aberto a permitir que a Nvidia venda para a China uma versão reduzida de seu chip de inteligência artificial mais avançado — o Blackwell.
Em entrevista coletiva na segunda-feira (11), Trump afirmou que poderia fechar um acordo com a Nvidia se a empresa reduzisse o desempenho do sistema Blackwell.
“É possível que eu faça um acordo” para um processador Blackwell “um pouco aprimorado — negativamente”, disse Trump. “Em outras palavras, retire de 30% a 50% da capacidade dele.”
Trump indicou que se reunirá com o CEO da Nvidia, Jensen Huang, para tratar do Blackwell.
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“Sobre o Blackwell, acho que ele [Huang] vai me visitar novamente para falar sobre isso”, disse Trump, acrescentando que o sistema Blackwell é o “mais recente e avançado do mundo”.
No mês passado, Huang, que tem feito lobby junto a Trump para ter acesso ao mercado chinês após ter sido praticamente excluído dele, afirmou que espera vender chips mais avançados para a China.
A movimentação em torno dos semicondutores ocorre depois que Nvidia e AMD concordaram em pagar ao governo dos EUA 15% da receita obtida com vendas de chips para a China, em troca de licenças de exportação. Trump disse que inicialmente pediu uma fatia de 20%, mas o valor foi reduzido para 15% após negociação com Huang.
Se os chips Blackwell reduzidos forem aprovados para exportação, isso “será um grande negócio daqui para frente”, afirmou Paul Triolo, sócio e vice-presidente sênior para a China na consultoria DGA-Albright Stonebridge Group.
“A ideia aqui é viciar a China em tecnologia inferior ou que não esteja na fronteira de ponta”, acrescentou Triolo.
Huang, da Nvidia, defende que, se a China for cortada do acesso aos chips americanos, empresas locais como a Huawei preencherão essa lacuna. Ele argumenta que os chips dos EUA devem ser vendidos para a China, para que as empresas chinesas dependam deles no desenvolvimento de suas tecnologias de IA.
O regime de exportação de chips de Washington tem passado por mudanças nos últimos anos. Em 2022, a Nvidia foi impedida de exportar seus chips A100 e H100 para a China — componentes cruciais para treinar grandes modelos de IA. Em 2023, os EUA ampliaram as restrições a mais semicondutores da Nvidia.
Empresas chinesas acumularam estoques desses chips e vêm utilizando-os para construir seus modelos de IA. Esses componentes foram adquiridos legalmente e continuam sendo usados para treinar modelos, segundo Triolo.
Ainda não está claro quais seriam as capacidades de um sistema Blackwell reduzido para a China e se ele seria adequado para treinar modelos mais avançados. Enquanto isso, a Huawei continua desenvolvendo sua linha de processadores Ascend, que tenta se posicionar como alternativa à Nvidia.
“Estamos, de certa forma, em um momento de transição, esgotando esses estoques de GPUs Nvidia adquiridos anteriormente e esperando que a nova linha de processadores Ascend da Huawei consiga substituí-los — mas eles ainda não são totalmente capazes disso”, afirmou Triolo.
“Provavelmente, no próximo ano, a Huawei terá uma nova versão de seus processadores 910, que será mais competitiva com os da Nvidia.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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