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OMC vê melhora nas perspectivas de 2025, mas corta projeção para 2026

Publicado 12/08/2025 • 11:32 | Atualizado há 1 dia

Agência DC News

KEY POINTS

  • OMC revisa alta das transações globais para 0,9% em 2025, acima da queda prevista de 0,2%.
  • Crescimento global desacelera para 1,8% em 2026, frente a projeção anterior de 2,5%, devido a tarifas.
  • Importações dos EUA cresceram 11% no 1º semestre, impulsionando comércio, mas queda deve ocorrer no 2º semestre.

Comércio na cidade de Brasília

José Paulo Lacerda/CNI

A Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou para cima sua projeção para as transações globais em 2025. Agora, a entidade espera crescimento de 0,9%, após estimar queda de 0,2% em abril. Apesar da melhora, a estimativa fica abaixo da previsão inicial para o ano — alta de 2,7% — feita antes do tarifaço do governo norte-americano. Em 2024, o comércio mundial cresceu 2,9%.

Na atualização divulgada nesta sexta-feira (8), a OMC considera, principalmente, a antecipação de importações nos Estados Unidos, que subiram 11% em volume no primeiro semestre em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, a organização prevê impacto negativo sobre o comércio global no próximo ano. Por isso, revisou sua projeção para 2026 — de alta de 2,5% para 1,8%.

“O comércio global mostrou resiliência diante de choques persistentes, incluindo recentes aumentos de tarifas”, afirmou a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala. “As importações antecipadas e a melhoria das condições macroeconômicas proporcionaram impulso modesto às perspectivas para 2025. No entanto, o impacto total das recentes medidas tarifárias continua se desenrolando.”

Segundo ela, a “sombra da incerteza tarifária” ainda paira sobre as empresas, influenciando a confiança e os planos de investimento. “A incerteza continua sendo uma das forças mais perturbadoras no ambiente comercial global.” A OMC avalia que o crescimento das importações nos EUA no primeiro semestre, com comportamentos distintos no primeiro e no segundo trimestres, deve resultar em menor demanda daqui em diante.

“Espera-se que essa correção ocorra no segundo semestre de 2025, mas parte dela só acontecerá em 2026 ou depois”, afirmou a entidade. “Portanto, esse fator aumentará temporariamente as perspectivas para o comércio em 2025.” A organização acrescenta que fenômeno semelhante foi registrado em outros países, embora com menor intensidade, possivelmente “por temores de retaliação”.

Além disso, a OMC considera que as perspectivas macroeconômicas globais estão mais favoráveis do que em abril. A depreciação do dólar contribui para isso, ao melhorar as condições das economias em desenvolvimento. “A queda dos preços do petróleo também deve apoiar o crescimento nas economias manufatureiras, embora possa reduzir simultaneamente a demanda de importação nas regiões produtoras de petróleo”, aponta a entidade.

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A reciprocidade de tarifas, porém, pode afetar as importações nos EUA e restringir as exportações de seus parceiros comerciais no segundo semestre deste ano e ao longo de 2026. Ngozi observa que, até agora, um “ciclo mais amplo de retaliação olho por olho, que poderia ser muito prejudicial ao comércio global”, foi evitado.

Na projeção da OMC, as economias asiáticas continuam sendo o principal motor do comércio mundial, mas com peso menor em 2026. A América do Norte terá contribuição negativa neste ano e no próximo, embora com impacto menos acentuado do que o previsto anteriormente.

A Europa passou, em 2025, de “moderadamente positiva” para “ligeiramente negativa”. Não há dados específicos para a América Latina ou para o Brasil, mas a entidade afirma que economias com exportações ligadas à energia terão menor contribuição em 2025 e 2026, “na medida em que os preços mais baixos do petróleo reduzem as receitas de exportação e diminuem a demanda de importação”.

A OMC estima que as importações para a América do Norte caiam 8,3% neste ano, recuo menor que o previsto em abril (-9,6%). “Esse impacto positivo foi acompanhado por um aumento mais forte do que o esperado, de 4,9%, nas exportações da Ásia, acima dos 1,6% da previsão anterior”, disse a organização. “O crescimento das exportações e importações da Europa neste ano, de -0,9% e 0,4%, respectivamente, será um pouco mais fraco do que prevíamos em abril, enquanto as exportações da América do Norte serão menos negativas (-4,2%)”, conclui.

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