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Inflação em julho fica abaixo do esperado com queda nos alimentos e alta da energia elétrica
Publicado 12/08/2025 • 21:05 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 12/08/2025 • 21:05 | Atualizado há 1 dia
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A inflação em julho registrou aumento de 0,26%, abaixo da projeção do mercado, que era de 0,36%, aponta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esse resultado ficou também inferior ao observado em julho de 2024, quando a taxa foi de 0,38%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desacelerou para 5,23%. Um ano antes, o IPCA acumulado era menor, alcançando 4,24% no mesmo período, conforme dados do IBGE.
Os preços dos alimentos tiveram nova redução, enquanto a energia elétrica residencial voltou a pressionar o índice, com alta de 3,04% em julho. Esse aumento representou impacto de 0,12 ponto percentual no IPCA do mês, quase metade do total. No acumulado do ano, a energia elétrica subiu 10,18%, a maior elevação desde 2018, e responde por 0,39 ponto percentual da inflação de 2025 — cerca de 12% do índice projetado para o ano, que soma 3,26%.
Com a divulgação dos dados nesta terça-feira (12), o mercado intensificou as revisões nas estimativas de inflação para o ano. O Boletim Focus mais recente aponta 5,05% para o IPCA de 2025, na décima primeira redução consecutiva. A XP também revisou para baixo sua previsão, passando de 5% para 4,8%. “As surpresas baixistas foram observadas em todos os grupos de preços livres, com destaques positivos em bens industrializados e alimentos”, afirmou o economista Alexandre Maluf. Segundo ele, “no geral, a leitura foi alvissareira, com os principais núcleos de inflação mantendo trajetória de desaceleração”, conforme Agência DC News.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, avaliou que pressões pontuais, como a da energia, continuam afetando o IPCA. Ele ressaltou: “, mesmo em um cenário ainda contido para o núcleo da inflação”. Para Lima, a nova expectativa para o ano “deixa claro que o mercado ainda aposta na convergência da inflação à meta, mas com atenção redobrada a choques de oferta ou reajustes tarifários”.
Claudio Pires, sócio-diretor da MAG Investimentos, destacou a queda dos combustíveis para veículos: gasolina (-0,51%), diesel (-0,59%) e etanol (-1,68%), além do recuo em vestuário (-0,54%). Em contrapartida, apontou os aumentos de energia elétrica e das passagens aéreas (19,92%, com impacto de 0,10 ponto). “O resultado de hoje, abaixo do esperado e com uma abertura qualitativa positiva, deve favorecer revisões para baixo nas expectativas de inflação de 2025”, disse Pires.
Entre as 16 regiões pesquisadas, cinco apresentaram deflação em julho: Campo Grande (-0,19%), Rio Branco (-0,15%), Goiânia (-0,14%), Belém (-0,04%) e São Luís (-0,02%). Campo Grande também teve recuo de 1,39% na energia elétrica. Já São Paulo, responsável por 32,28% do índice nacional, registrou a maior alta mensal da conta de luz, com 10,56%, depois de reajuste aplicado pela Enel. A região metropolitana de São Paulo teve alta de 0,46% no IPCA do mês, seguida por Porto Alegre (0,41%), Curitiba (0,33%), Recife (0,32%) e Aracaju (0,28%).
No grupo Habitação, o avanço foi de 0,91% em julho, puxado pelo aumento da energia elétrica. As tarifas de água e esgoto subiram 0,13%, após reajustes em Brasília, Rio Branco e Salvador. O grupo Despesas Pessoais ficou com a segunda maior elevação (0,76%), impactado principalmente pelo reajuste em jogos de azar (11,17%, com contribuição de 0,05 ponto).
No segmento de Alimentação e Bebidas, houve redução pelo segundo mês seguido: -0,18% em junho e -0,27% em julho. A alimentação no domicílio recuou 0,69%, influenciada por baixas em batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já comer fora ficou mais caro, com alta de 0,87% na alimentação fora do domicílio, frente a 0,46% em junho. O lanche subiu 1,90% e a refeição, 0,44%.
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O economista José Alfaix, da Rio Bravo, avaliou que os alimentos in natura foram o principal destaque do mês, ajudando um “resiliente processo de desinflação”. Ele também apontou que o aumento da energia elétrica, “devido à época mais seca do ano”, veio abaixo do esperado. Alfaix acrescentou: “A média dos cinco núcleos de inflação segue apresentando melhora. Desacelerou de 0,29% em junho para 0,27% em julho, com três de seus componentes recuando na margem”.
Jorge Kotz, CEO do Grupo X, observou que o IPCA de julho “mostra uma inflação ainda sensível a choques de custo, mesmo com desaceleração no acumulado de 12 meses”. Ele afirmou que setores com alto consumo de energia devem enfrentar pressão nas margens e no capital de giro.
Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, avaliou que a economia está em “ponto de estabilidade”, mas que os juros seguem elevados. Para ele, “esse cenário mantém a demanda por soluções de crédito fora do sistema bancário tradicional, especialmente em setores que precisam de capital rápido para financiar expansão e operações de maior escala”.
Entre janeiro e julho de 2025, os principais aumentos de preços foram registrados em café (+41,46%), jogos de azar (+11,17%), energia elétrica residencial (+10,18%) e lanche fora do domicílio (+6,78%). As maiores quedas ocorreram no arroz (-16,94%), passagens aéreas (-13,58%), batata-inglesa (-13%) e carnes (-0,95%).
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