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O que está por trás da perda de US$ 8 bilhões do gigante fundo soberano da Arábia Saudita

Publicado 14/08/2025 • 13:53 | Atualizado há 8 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A baixa contábil ocorre em meio à queda dos preços globais do petróleo e ao aumento do déficit fiscal do reino saudita.
  • Os investimentos internacionais caíram para 17% da carteira, ante 20% no ano anterior, à medida que o fundo concentrou seu foco em investimentos domésticos.
  • Os ativos sob gestão do PIF subiram 19% em relação ao final de 2023, atingindo US$ 913 bilhões, tornando-o um dos maiores e de crescimento mais rápido fundos soberanos do planeta.

Projeção do projeto Neom, da Arábia Saudita

The Line, NEOM

O gigante fundo soberano da Arábia Saudita registrou uma grande queda nos investimentos em seus chamados “gigaprojetos”, resultando em uma baixa contábil de US$ 8 bilhões no final de 2024 — mesmo com os ativos sob gestão atingindo quase US$ 1 trilhão, segundo seu relatório anual.

Os investimentos em gigaprojetos caíram 12,4%, para 211 bilhões de riais sauditas (US$ 56,2 bilhões). Enquanto isso, os ativos supervisionados pelo PIF subiram 19% em relação ao final de 2023, atingindo cerca de US$ 913 bilhões, tornando-o um dos maiores e mais rápidos fundos soberanos em crescimento do planeta. Os gigaprojetos, que incluem o futurista desenvolvimento Neom de US$ 500 bilhões, representaram 6% dos ativos do PIF em 2024, ante 8% no ano anterior.

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A baixa contábil ocorre em meio à queda dos preços globais do petróleo e ao aumento do déficit fiscal do reino saudita, cuja economia depende fortemente do petróleo, apesar dos esforços de diversificação e do crescimento expressivo das receitas não petrolíferas.

Os retornos anualizados do PIF desde 2017 caíram para 7,2%, ante 8,7% no ano anterior. O fundo — que possui participações significativas em empresas de destaque como Uber e Tesla, além de ser proprietário de grandes franquias esportivas, como LIV Golf e o clube britânico Newcastle United — também ampliou sua base de financiamento, captando quase US$ 10 bilhões em dívida pública e US$ 7 bilhões de forma privada.

Os investimentos internacionais caíram para 17% da carteira, ante 20% no ano anterior, à medida que o fundo concentrou seu foco em investimentos domésticos.

Parte do motivo por trás do aumento significativo dos ativos sob gestão (AUM) do PIF se deve à alocação de mais ações da gigante petrolífera estatal saudita Aramco ao fundo. Mas analistas observam que, se os preços do petróleo continuarem a cair, como alguns previsores do setor esperam, a porcentagem da receita que o governo saudita e o PIF poderão obter desses investimentos petrolíferos provavelmente diminuirá na mesma proporção.

Espera-se que a queda dos preços do petróleo e a redução dos dividendos da Aramco, devido a projeções menores de demanda, limitem os fundos de investimento do PIF. Enquanto isso, analistas indicam que o fundo deve aumentar seus investimentos em áreas de alto crescimento, como inteligência artificial.

Estouro de orçamento. Neom, uma nova região no oeste da Arábia Saudita construída do zero e com aproximadamente o tamanho de Massachusetts, faz parte da Vision 2030, que busca diversificar a economia saudita além das receitas de petróleo e criar novos empregos e indústrias para sua crescente população jovem.

Idealizado pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, Neom deve abrigar várias cidades e empreendimentos futuristas que o reino espera que atraiam milhões de novos residentes e revolucionem a vida e a tecnologia no país.

No entanto, estouros de orçamento, complicações operacionais e condições do mercado global de petróleo obrigaram o reino a reduzir ou cancelar totalmente alguns desses projetos, segundo fontes que trabalharam em Neom à CNBC.

O custo total de Neom foi estimado entre US$ 500 bilhões e US$ 1,5 trilhão. Após muitos anos de gastos aparentemente ilimitados, 2024 começou a registrar uma mudança abrupta, à medida que o déficit orçamentário saudita cresceu e o preço do barril de petróleo caiu muito abaixo do necessário para equilibrar o orçamento do reino.

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