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Vendas no varejo dos EUA sobem com impacto limitado de tarifas
Publicado 15/08/2025 • 16:08 | Atualizado há 18 horas
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Publicado 15/08/2025 • 16:08 | Atualizado há 18 horas
KEY POINTS
Vendas no varejo vem crescendo nos Estados Unidos
Unsplash.
As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram de forma moderada em julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15), enquanto o mercado acompanha as tarifas que, por enquanto, não parecem ter afetado de maneira significativa os consumidores.
No total, as vendas cresceram 0,5%, chegando a US$ 726,3 bilhões (cerca de R$ 3,93 trilhões, na cotação atual) em relação a junho. Os aumentos em veículos, autopeças e móveis compensaram as quedas em eletrônicos e materiais de construção.
Analistas consideraram o relatório positivo, mas alguns alertam para um risco maior de enfraquecimento das vendas no varejo na segunda metade de 2025, especialmente após os dados recentes sobre o mercado de trabalho. O consumo das famílias é um dos principais motores da economia americana.
“Esse relatório deve aliviar um pouco as preocupações sobre a saúde do consumo das famílias após o choque das tarifas”, afirmou Oliver Allen, economista sênior dos EUA na Pantheon Macroeconomics, em nota.
“Mesmo assim, o crescimento do consumo ainda parece fraco, e o mercado de trabalho mais morno, além da tendência de repasse das tarifas, indicam que uma recuperação forte é improvável.”
O relatório é divulgado em um momento em que pesquisas apontam para uma recuperação parcial do ânimo dos consumidores em comparação com a primavera, após a forte queda no mercado de ações. Esse movimento ocorreu quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, no começo de abril, planos de aumentar tarifas de maneira ampla sobre parceiros comerciais — medidas que acabaram sendo amenizadas posteriormente.
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Uma pesquisa divulgada na sexta-feira pela Universidade de Michigan mostrou que os consumidores já se preparam para um impacto pior adiante, com as expectativas de inflação para o próximo ano subindo de 4,5% para 4,9%.
No geral, o relatório apontou queda no ânimo dos consumidores em agosto, que ficou em 58,6 pontos, abaixo dos 61,7 registrados em julho. O índice havia chegado ao fundo do poço na primavera, com 52,2 pontos.
“Os consumidores não estão mais esperando pelo pior cenário para a economia, como em abril, quando as tarifas de retaliação foram anunciadas e depois suspensas”, disse Joanne Hsu, diretora da pesquisa. “Por outro lado, eles seguem esperando que tanto a inflação quanto o desemprego piorem nos próximos meses.”
Desde a primavera, Donald Trump suspendeu algumas das tarifas mais pesadas e anunciou acordos comerciais preliminares com parceiros importantes, como Japão e União Europeia.
Mesmo assim, o resultado da política comercial ainda é um nível de tarifas alto, se comparado com padrões históricos — embora não tão elevado quanto as ameaças iniciais.
Além disso, Trump segue anunciando novas taxas. Nesta sexta-feira, o presidente disse a jornalistas que vai impor tarifas “na próxima semana e na seguinte” sobre semicondutores e aço.
Dados divulgados no começo da semana mostraram que os preços no atacado subiram mais do que os preços ao consumidor. Alguns analistas alertam que esse movimento pode indicar que a pressão de custos logo será repassada para os consumidores.
Sabendo da fragilidade dos consumidores, muitos varejistas estão aceitando margens de lucro menores e absorvendo parte das tarifas “com a intenção de compensar depois por meio de cortes de custos em outras áreas”, disse Neil Saunders, da GlobalData.
“Embora aumentos de preços sejam praticamente certos, a resposta geral às tarifas está se mostrando muito mais variada do que o esperado no início”, acrescentou Saunders.
Essa estratégia já aparece entre as concessionárias de veículos, com as vendas de carros subindo 1,6%, segundo os dados de sexta-feira.
“Os consumidores mantêm um ritmo moderado de gastos e até aceleraram nos últimos dois meses, já que o repasse dos preços das tarifas ainda foi limitado até agora”, disse Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide Financial.
Carl Weinberg, economista-chefe da High Frequency Economics, disse que os dados dos EUA divulgados na sexta-feira, mostrando alta nos preços das importações em julho, são “nova evidência de que a pressão de preços está subindo na cadeia”, acrescentando que “os gastos do consumidor estão desacelerando”.
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