O diálogo “Requalificando a força de trabalho para o futuro de baixo carbono”, realizado nesta terça-feira (19), no FT Climate & Impact Summit Latin America e Brasil 2030, reuniu André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy América Latina e vice-presidente da Siemens Energy Brasil, e Ana Cláudia Plihal, head do LinkedIn no Brasil, com mediação de Michael Pooler, correspondente do Financial Times no Brasil.
O debate abordou estratégias de capacitação para setores como energia limpa, agricultura regenerativa e economia circular.
Desafios da desigualdade e qualificação
André Clark ressaltou que a América Latina enfrenta um grande déficit educacional e altos níveis de desigualdade, o que deixa muitos jovens de fora do mercado de trabalho. Para ele, as empresas precisam valorizar pessoas com capacidade de aprender rapidamente, mesmo sem formação técnica completa.
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“Nós vemos que há muita gente com a habilidade de aprender rápido, mesmo que ainda não tenha o conhecimento técnico adequado. Valorizamos essas pessoas, pois é o que precisamos. Se a pessoa tem a habilidade de aprender, ela tem a habilidade de ser um líder”, afirmou.
Clark destacou ainda o crescente interesse de jovens por energias renováveis e o avanço da participação feminina em funções antes dominadas por homens, como cursos técnicos e de engenharia. “Estamos muito felizes em ver essa mudança, pois ela é necessária”, disse.
Transformações no mercado de trabalho
A head do LinkedIn Brasil, Ana Cláudia Plihal, afirmou que duas grandes mudanças estão moldando o futuro da força de trabalho: o impacto da inteligência artificial e o ambiente de trabalho. Segundo ela, essas tendências se somam à crescente preocupação dos profissionais em atuar com propósito e em áreas de impacto positivo.
No Brasil, setores como supply chain, sistemas solares, eólicos e gestão ambiental registraram crescimento de mais de 250% em vagas e interesse no último ano. No entanto, Plihal destacou que há um longo caminho para a equidade de gênero: apenas 20% dos cargos de liderança C-Level são ocupados por mulheres, contra mais de 70% preenchidos por homens.
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