BRB define ativo de partida em R$ 24 bi na compra do Banco Master e cria conglomerado de R$ 100 bilhões

O Banco de Brasília (BRB) divulgou nesta sexta-feira (22) novas informações sobre a aquisição de 58,04% do Banco Master, operação anunciada em março de 2025.

Segundo o fato relevante, o ativo de partida do Banco Master — valor de referência estabelecido após auditoria de seus ativos e passivos — foi fixado em cerca de R$ 24 bilhões. Somado ao BRB, o conglomerado bancário terá aproximadamente R$ 100 bilhões em ativos.

O banco explicou que o ativo de partida funciona como base contábil para precificação e ajustes da transação, após exclusões de precatórios, créditos sem garantias reais e CDBs considerados fora do escopo da operação.

Aprovações e estrutura

A operação já recebeu aval do Cade e aguarda análise do Banco Central. Também foi sancionado, em 20 de agosto, o projeto de lei que autorizou o BRB a adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Banco Master.

O pagamento será feito em até 75% do patrimônio líquido consolidado da instituição, com 50% à vista e o restante retido em conta escrow por até seis anos, para cobrir eventuais indenizações previstas no contrato.

As duas instituições manterão estruturas próprias, mas adotarão governança compartilhada, com participação do BRB no conselho de administração, comitês de riscos e auditoria.

Sinergias

O BRB afirma que a transação criará um conglomerado nacional, unindo sua força em varejo, crédito imobiliário, rural, setor público e depósitos judiciais com a expertise do Master em câmbio, consignado, atacado e mercado de capitais.

O negócio inclui ainda a incorporação do Will Bank, banco digital do Grupo Master, ampliando a presença digital e reforçando a estratégia de inclusão financeira.

Guidance

De acordo com projeções internas, a operação poderá adicionar cerca de R$ 1,5 bilhão ao resultado do BRB em cinco anos, elevando as expectativas de lucro acumulado para mais de R$ 2,7 bilhões até 2029.

Próximos passos

Para a conclusão, ainda será necessária a aprovação final do Banco Central, a reorganização societária do Banco Master e a auditoria confirmatória do preço. O BRB convocará assembleia de acionistas para ratificar a operação.

A instituição destacou que a operação fortalece sua posição como banco público nacional e competitivo, com diversificação de receitas, ganhos de escala e maior eficiência operacional.

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