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Tarifaço de Trump tem ‘uma boa chance de ser autodestrutivo’ para os EUA, analisa economista de Harvard
Publicado 23/08/2025 • 20:17 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 23/08/2025 • 20:17 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
CNI/Divulgação
Tarifaço atingiu exportações brasileiras
O tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra parceiros comerciais pode soar como demonstração de força, mas, na avaliação de Dani Rodrik, economista da Universidade de Harvard, é uma estratégia fadada ao desgaste. Ao inflar momentaneamente a arrecadação ou os lucros de alguns segmentos industriais, as tarifas não entregam o que prometem: empregos de qualidade, fortalecimento da classe média ou inovação tecnológica.
“Há uma boa chance de que, no final das contas, isso seja autodestrutivo”, resumiu.
Além da conjuntura imediata, Rodrik vê na política comercial de Trump um nacionalismo mal calibrado — que se vende como defesa dos interesses americanos, mas não está desenhado para servir à economia real. Tarifas, lembra o economista, só fazem sentido como instrumentos temporários, vinculados a políticas domésticas consistentes de inovação, proteção setorial ou redistribuição social.
“O problema com a América de Trump não é o nacionalismo econômico, é que Trump não está adotando políticas que sejam nacionalistas o suficiente. Na verdade, não apenas não está claro de quem é o interesse, mas posso dizer que não está servindo ao interesse econômico americano”, afirma.
Rodrik, que esteve no Brasil para um seminário sobre desenvolvimento, questiona a transformação trazida para a economia norte-americana:
“As tarifas apenas aumentam a lucratividade de certos segmentos da manufatura. Quando algumas empresas se tornam mais lucrativas, elas necessariamente inovam mais? Elas necessariamente investem mais? Elas investem mais em seus trabalhadores? Elas necessariamente contratam mais trabalhadores? Elas tentam ser mais competitivas? Todas essas coisas boas não estão diretamente ligadas ao fato de que, agora, elas estão ganhando mais dinheiro, porque você também pode reverter os lucros maiores aos gerentes ou acionistas”, diz.
O economista cita a China como um exemplo de modelo de crescimento. Enquanto Pequim combina proteção a setores-chave com planejamento de longo prazo, os EUA de Trump têm operado em ciclos de imposição tarifária e reação, com impactos difusos sobre aliados — o Brasil entre eles. Desde 6 de agosto, 35,9% das exportações brasileiras para os EUA passaram a ser taxadas em 50%, medida que atingiu de cheio a pauta comercial e forçou o governo a lançar o Plano Brasil Soberano.
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