CNBC
Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick,e CEO da Intel, Lip-Bu Tan

CNBCSecretário de Comércio confirma que governo dos EUA é dono de 10% das ações da Intel

Economia Brasileira

Tarifaço de Trump tem ‘uma boa chance de ser autodestrutivo’ para os EUA, analisa economista de Harvard

Publicado 23/08/2025 • 20:17 | Atualizado há 10 horas

Da Redação, com informações da Agência Brasil

KEY POINTS

  • Tarifaço pode soar como demonstração de força, mas, na avaliação de Dani Rodrik, economista da Universidade de Harvard, é uma estratégia fadada ao desgaste.
  • Ao inflar momentaneamente a arrecadação ou os lucros de alguns segmentos industriais, as tarifas não entregam o que prometem: empregos de qualidade, fortalecimento da classe média ou inovação tecnológica.
  • “O problema não é o nacionalismo econômico; é que Trump não adota políticas nacionalistas o suficiente. Não está claro de quem é o interesse, mas posso dizer que não está servindo ao interesse econômico americano”, afirma.
O tarifaço atinge uma pauta de exportações diversificada: dez produtos respondem por 57% das vendas externas ao mercado norte-americano.

O tarifaço atinge uma pauta de exportações diversificada

Ministério dos Portos

O tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra parceiros comerciais pode soar como demonstração de força, mas, na avaliação de Dani Rodrik, economista da Universidade de Harvard, é uma estratégia fadada ao desgaste. Ao inflar momentaneamente a arrecadação ou os lucros de alguns segmentos industriais, as tarifas não entregam o que prometem: empregos de qualidade, fortalecimento da classe média ou inovação tecnológica.

Há uma boa chance de que, no final das contas, isso seja autodestrutivo”, resumiu.

Além da conjuntura imediata, Rodrik vê na política comercial de Trump um nacionalismo mal calibrado — que se vende como defesa dos interesses americanos, mas não está desenhado para servir à economia real. Tarifas, lembra o economista, só fazem sentido como instrumentos temporários, vinculados a políticas domésticas consistentes de inovação, proteção setorial ou redistribuição social.

“O problema com a América de Trump não é o nacionalismo econômico, é que Trump não está adotando políticas que sejam nacionalistas o suficiente. Na verdade, não apenas não está claro de quem é o interesse, mas posso dizer que não está servindo ao interesse econômico americano”, afirma.

Transformação

Rodrik, que esteve no Brasil para um seminário sobre desenvolvimento, questiona a transformação trazida para a economia norte-americana:

“As tarifas apenas aumentam a lucratividade de certos segmentos da manufatura. Quando algumas empresas se tornam mais lucrativas, elas necessariamente inovam mais? Elas necessariamente investem mais? Elas investem mais em seus trabalhadores? Elas necessariamente contratam mais trabalhadores? Elas tentam ser mais competitivas? Todas essas coisas boas não estão diretamente ligadas ao fato de que, agora, elas estão ganhando mais dinheiro, porque você também pode reverter os lucros maiores aos gerentes ou acionistas”, diz.

O exemplo chinês

O economista cita a China como um exemplo de modelo de crescimento. Enquanto Pequim combina proteção a setores-chave com planejamento de longo prazo, os EUA de Trump têm operado em ciclos de imposição tarifária e reação, com impactos difusos sobre aliados — o Brasil entre eles. Desde 6 de agosto, 35,9% das exportações brasileiras para os EUA passaram a ser taxadas em 50%, medida que atingiu de cheio a pauta comercial e forçou o governo a lançar o Plano Brasil Soberano.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Economia Brasileira