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Importação de fertilizantes pelo Brasil bate recorde em julho e acumula alta de 8,8% no ano
Publicado 25/08/2025 • 09:21 | Atualizado há 17 horas
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Publicado 25/08/2025 • 09:21 | Atualizado há 17 horas
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Pixabay.
Imagem ilustrativa
O Brasil importou 4,79 milhões de toneladas de fertilizantes em julho deste ano, uma marca histórica para o mês, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados e analisados pela consultoria DATAGRO. O volume representa aumento de 15,6% em relação a junho e de 7,1% frente ao mesmo período de 2024.
No acumulado de 2025, o país já recebeu 24,2 milhões de toneladas, alta de 8,8% ante o ano anterior e 2,2% acima do recorde de 2022. De acordo com a DATAGRO, foi o maior volume já registrado para o período, em um movimento que reflete a antecipação de compras diante da alta de preços e da incerteza no abastecimento global.
Entre janeiro e julho, a Rússia se manteve como a principal fornecedora, com 6,88 milhões de toneladas embarcadas (28,2% do total), alta de 18% sobre o mesmo período de 2024. A China foi a segunda maior vendedora, com 5,14 milhões de toneladas (21,2%), avanço expressivo de 75,7% frente ao ano anterior. O Canadá completou o ranking, com 3,1 milhões de toneladas (12,8%), queda de 2,2% na comparação anual.
As tensões geopolíticas seguem no radar. Após as incertezas geradas pelo conflito entre Israel e Irã, em junho, o mercado acompanhou em julho a escalada da guerra tarifária liderada pelos Estados Unidos. A possibilidade de sanções adicionais contra países que importam fertilizantes russos, como o Brasil, elevou o risco de interrupções no abastecimento e pressionou os preços internacionais. O caso mais recente foi a Índia, que sofreu aumento de 25 pontos percentuais nas tarifas, alcançando 50%.
Segundo a DATAGRO, esse cenário levou produtores a anteciparem compras para garantir suprimento. O preço médio CIF (custo da mercadoria, seguro e frete) de compostos NP (nitrogênio [N] e fósforo [P]) atingiu US$ 570,87 por tonelada, alta de 13,2% sobre junho e de 15,9% em relação ao ano anterior.
A ureia CIF subiu 7% no mês, para US$ 427,37/t, acumulando elevação de 23% em 12 meses. O MAP (Monoamônio Fosfato, um dos fosfatados mais usados no mundo, principalmente em soja, milho, trigo, cana-de-açúcar) e o KCl (Cloreto de Potássio, usado em praticamente todas as culturas, pois o potássio é essencial para crescimento, qualidade de frutos e resistência da planta) avançaram entre 5% e 6% frente a junho, enquanto no comparativo anual a alta chegou a 23,8% e 14,5%, respectivamente.
No Brasil, o porto de Paranaguá (PR) liderou as entradas em 2025, com 6,34 milhões de toneladas (26,2% do total). Em seguida vieram Santos (SP), com 3,91 milhões (16,2%), Rio Grande (RS), com 3,86 milhões (16%), São Luís (MA), com 2,31 milhões (9,5%), e Salvador (BA), com 1,61 milhão (6,7%).
O dispêndio brasileiro com fertilizantes atingiu US$ 8,8 bilhões até julho, avanço de 16% em relação ao ano passado, reflexo do maior volume importado e da elevação das cotações. As compras do insumo representaram 5,2% do total das importações brasileiras no período, ante 4,9% em 2024.
O segundo semestre costuma ser marcado por um aumento das aquisições, acompanhando o calendário agrícola nacional. A expectativa da DATAGRO é de que 2025 encerre com novo recorde em volume e valor. Para produtores, no entanto, a relação de troca tende a se deteriorar, já que os custos seguem em alta. Ainda assim, mesmo diante de preços elevados, a compra do insumo deve ser mantida, já que a perda de produtividade por falta de tratos culturais traria impacto mais severo do que o aumento de despesas.
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