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Mercado de grãos impõe cautela ao Brasil: soja depende da China e milho perde fôlego frente aos EUA
Publicado 01/09/2025 • 20:10 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 01/09/2025 • 20:10 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Soja.
Agência CNA
O Brasil encara um cenário desafiador no mercado de grãos. A soja ainda encontra sustentação na forte demanda chinesa, mas a possibilidade de um acordo entre EUA e China pode redirecionar parte desse fluxo e reduzir a competitividade brasileira. No caso do milho, a maior competitividade do grão americano tem limitado as exportações e forçado o redirecionamento da oferta ao mercado interno, onde os preços domésticos permanecem firmes mesmo diante da supersafra e do câmbio mais baixo.
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O mercado global de grãos atravessa semanas decisivas. Entre agosto e setembro, período crítico para as lavouras americanas, o chamado weather market ganha força e influencia diretamente as cotações internacionais dos contratos futuros negociados na bolsa de Chicago (CME). Apesar de episódios de seca em alguns estados, chuvas regulares têm garantido bom desenvolvimento das lavouras de milho e soja nos Estados Unidos.
O Pro Farmer Crop Tour 2025 confirmou esse cenário, apontando produtividades superiores às da última safra em estados como Indiana e Nebraska. No entanto, os resultados ficaram abaixo das projeções oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), abrindo espaço para ajustes futuros nos balanços de oferta e demanda.
Para Isabella Pliego, analista da Biond Agro, o levantamento reforça a necessidade de cautela. “Mais do que os números, o Crop Tour funciona como uma leitura prática. Ele confirma produtividades consistentes, mas sinaliza que as estimativas do USDA podem estar superdimensionadas. Isso pode gerar revisões no balanço e impactar os estoques finais”, avalia.
No caso do milho, a perspectiva de uma safra cheia levou os contratos futuros em Chicago a recuarem mais de 4%, atingindo os menores níveis desde 2020. A alta produtividade pressiona os preços e reduz as chances de recuperação, mesmo diante das oscilações da demanda global.
No Brasil, contudo, o impacto é limitado: a demanda interna permanece firme e sustenta os preços domésticos.
A soja caminha em direção contrária. O último relatório do USDA reduziu os estoques e apertou o balanço, oferecendo sustentação às cotações internacionais e reforçando a atratividade dos prêmios pagos pelo grão brasileiro.
O Brasil se vê, portanto, diante de riscos e oportunidades. No caso da soja, a forte demanda chinesa mantém os prêmios valorizados e estimula a antecipação de vendas por parte dos produtores. Isabella destaca que o momento é estratégico: “Caso haja um acordo comercial entre EUA e China, parte dessa demanda pode migrar, reduzindo a competitividade brasileira.”
Já no milho, a situação é distinta. A menor competitividade do grão brasileiro em relação ao americano tem limitado as exportações e redirecionado a oferta para o mercado interno. Mesmo com o câmbio em patamar mais baixo e uma supersafra, os preços internos seguem firmes.
Para os próximos meses, o mercado deve acompanhar de perto o clima no cinturão agrícola dos EUA, que pode afetar a produtividade e até mesmo atrasar a colheita. Além disso, novas revisões do USDA permanecem no radar, sobretudo após cortes recentes na estimativa de área de soja.
Isabella lembra que o histórico recente justifica cautela. “Uma seca prolongada ou chuvas excessivas podem comprometer a produtividade. Já vimos cortes recentes na estimativa da soja por redução da área cultivada, o que deixou o balanço mais apertado.”
No Brasil, fatores internos também terão peso. O ambiente macroeconômico e o risco fiscal podem influenciar o câmbio, afetando diretamente a competitividade das exportações agrícolas.
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