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Do ‘Super Vinil’ ao império das tintas, a história da Suvinil, vendida por R$ 6 bilhões
Publicado 02/09/2025 • 10:44 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 02/09/2025 • 10:44 | Atualizado há 2 dias
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Reprodução YouTube
A Suvinil nasceu em 1961, na região do ABC, que se consolidava como polo industrial de São Paulo. O empresário Olócio Bueno, que já atuava no setor de tintas automotivas com a marca Super, decidiu investir no segmento de tintas imobiliárias, então em expansão no país.
Da junção de dois nomes veio a ideia: Bueno juntou o “Su” de Super com o “Vinil”, termo usado para as tintas à base de látex, conhecidas como vinílicas.
A primeira fábrica da Suvinil foi instalada em São Bernardo do Campo (SP), onde a produção permaneceu centralizada por décadas. Essa raiz no ABC não foi por acaso: a cidade já abrigava uma intensa atividade industrial, próxima a fornecedores e grandes obras urbanas que demandavam novas soluções em tintas.
O vínculo com a antiga Super, localizada no bairro da Pompeia, em São Paulo, também ajudou a traçar os primeiros caminhos da empresa.
Oito anos após sua criação, em 1969, a Suvinil foi incorporada pela multinacional alemã BASF, que enxergou no Brasil um mercado estratégico para tintas decorativas. A partir daí, a marca ganhou escala, tecnologia e fôlego para atender um mercado que crescia, assim como sua concorrência.
Nos anos 1980, a Suvinil lançou produtos novos, como a Suvinil Acrílica, mais resistente e lavável, e a Suvinil Piso, feita para áreas de grande circulação.
Nesse período, a marca também ampliou sua presença cultural e esportiva. Patrocinou a pintura de museus e prédios históricos, entre eles o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Estádio do Pacaembu e construções em Fernando de Noronha.
No futebol, apoiou clubes como Santos, Corinthians e Palmeiras, associando sua imagem a algumas das maiores paixões nacionais.
Nos anos 1990, a Suvinil lançou o Selfcolor, sistema que permitia personalizar cores em pontos de venda, antecipando tendências de consumo. Em seguida, apresentou o Teste Sua Cor e o simulador digital, que permitiam ao cliente experimentar tonalidades em casa ou virtualmente. Essas ferramentas transformaram a relação do consumidor com a escolha da cor.
Ao longo dos anos 2000 e 2010, a Suvinil reforçou sua posição de liderança no mercado. O projeto Suvinil Revela, criado em 2010, passou a antecipar tendências de cores e comportamento, tornando-se referência para arquitetos e designers.
Durante a pandemia, em 2020, lançou o programa Pintar o Bem, que apoiou quase 2 mil pintores em situação de vulnerabilidade, além de iniciativas digitais de aproximação com consumidores.
Com duas grandes fábricas — em São Bernardo do Campo (SP) e Jaboatão dos Guararapes (PE) — e cerca de mil funcionários, a Suvinil firmou-se como a maior marca de tintas imobiliárias do Brasil.
O mercado de tintas decorativas movimenta mais de R$ 12 bilhões por ano, e a Suvinil responde pela maior fatia dessa demanda, além de exportar para países da América do Sul, Caribe e África.
Em 2024, a unidade de tintas decorativas da BASF gerou US$ 525 milhões em receitas no Brasil. Considerando que a operação tinha pouca sinergia com outros negócios da companhia, a BASF decidiu vendê-la.
Em 2025, a norte-americana Sherwin-Williams anunciou a compra por US$ 1,15 bilhão (cerca de R$ 6,25 bilhões). O negócio foi aprovado pelo Cade sem restrições, incluindo a marca Glasu! e as duas fábricas brasileiras.
Assim, mais de seis décadas depois de sua fundação, a Suvinil entra em uma nova era. Nascida de um jogo de palavras no ABC Paulista, não se sabe qual será o próximo passo da companhia nas mãos da nova controladora norte-americana.
Procurada pela reportagem de Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, a Suvinil não quis fazer comentários sobre seu passado, tampouco sobre os próximos passos da empresa.
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