Criptomoedas: bitcoin se recupera e sobe com expectativa de cortes de juros pelo Fed

O bitcoin opera em alta nesta terça-feira (2), voltando a superar US$ 110 mil (cerca de R$ 598.345, na cotação atual) depois de ter atingido o menor valor em dois meses na segunda-feira (1º).

O mercado aposta que o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, deve retomar o ciclo de cortes nas taxas de juros em setembro, o que impulsiona as criptomoedas hoje, mesmo com o apetite por risco ainda fraco nas bolsas globais.

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Perto das 16h (horário de Brasília), o bitcoin subia 1,12%, cotado a US$ 110.394,04 (R$ 599.755,31), enquanto o ethereum recuava 1%, negociado a US$ 4.297,00 (R$ 23.353,44), de acordo com dados da Binance.

Reação do mercado após queda recente do bitcoin

O bitcoin teve uma queda forte nas últimas semanas, depois de bater recorde acima de US$ 124 mil (R$ 674.498) em meados de agosto. Mesmo assim, alguns analistas seguem confiantes e acreditam que setembro pode trazer uma retomada de fôlego, segundo o analista David Morrison, da Trade Nation.

Ele também destacou que, agora, quem opera ethereum está de olho no suporte em US$ 4.000 (R$ 21.758) como o próximo alvo, deixando de lado a marca dos US$ 5.000 (R$ 27.198). “Esse ajuste mostra como o mercado de ativos digitais está mais cauteloso no momento”, acrescentou.

Grandes movimentos de empresas

A principal criptomoeda também ganhou força após a notícia de que a Metaplanet, empresa japonesa de bitcoin, comprou mais 1.009 bitcoins, o equivalente a US$ 112 milhões (R$ 608,22 milhões). Além disso, a MicroStrategy adquiriu 4.048 bitcoins por US$ 449,3 milhões (R$ 2,44 bilhões) nesta terça-feira (2).

No radar do mercado, a Gemini — plataforma global de criptomoedas fundada pelos irmãos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss — anunciou que vai abrir capital na bolsa Nasdaq, lançando sua oferta inicial de ações (IPO). A corretora pretende alcançar um valor de mercado de US$ 2,2 bilhões (R$ 11,96 bilhões).

Agora, o próximo grande fator para o mercado de criptoativos pode ser o relatório de empregos dos EUA (payroll), que sai na sexta-feira (6) e deve trazer mais pistas sobre a possibilidade de novos cortes de juros pelo Fed ainda neste ano.

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Chico Fireman

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