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Economia Brasileira

Missão da CNI aos EUA sinaliza abertura para diálogo, mas tarifaço segue sem solução concreta

Publicado 04/09/2025 • 21:42 | Atualizado há 6 horas

KEY POINTS

  • O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avaliou como positivo o saldo da missão empresarial brasileira aos Estados Unidos, mas reconheceu que nenhuma solução concreta foi alcançada para o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump a produtos brasileiros desde agosto.
  • Alban destacou que as conversas tiveram caráter técnico e renderam um “indicativo de começo de entendimento” com autoridades do Departamento de Comércio, mas reforçou que os obstáculos políticos permanecem no centro do impasse.
  • A comitiva de 130 empresários e representantes setoriais apresentou três frentes consideradas estratégicas para os EUA e para o Brasil: energia renovável para data centers, terras raras e minerais críticos e etanol.

Em coletiva em Washington nesta quinta-feira (4), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avaliou como positivo o saldo da missão empresarial brasileira aos Estados Unidos, mas reconheceu que nenhuma solução concreta foi alcançada para o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump a produtos brasileiros desde agosto.

Alban destacou que as conversas tiveram caráter técnico e renderam um “indicativo de começo de entendimento” com autoridades do Departamento de Comércio, mas reforçou que os obstáculos políticos permanecem no centro do impasse. “Política não é papel dos empresários, é de governo com governo”, disse, lembrando que a interlocução deve ocorrer entre o governo brasileiro e o Departamento de Estado, não com o setor privado.

Três setores no foco das negociações

A comitiva de 130 empresários e representantes setoriais apresentou três frentes consideradas estratégicas para os EUA e para o Brasil:

  • Energia renovável para data centers: Alban ressaltou que o Brasil tem “energia renovável sobrando” e pode se tornar fornecedor competitivo para a crescente demanda global de data centers impulsionada pela inteligência artificial.
  • Terras raras e minerais críticos: o Brasil detém a segunda maior reserva mundial, atrás apenas da China, e o setor foi apontado como oportunidade de cooperação, especialmente porque a mineração sustentável também demanda energia limpa.
  • Etanol: tema de disputas históricas entre Brasil e EUA, o combustível foi defendido como campo de parceria. Alban lembrou que o país é um dos maiores e mais competitivos produtores globais e que novas frentes, como etanol de milho, de agave e até à base de bambu, além do SAF de macaúba, podem atrair investimentos conjuntos.

Conversas técnicas, entraves políticos

Alban explicou que o encontro ocorreu com representantes do Departamento de Comércio, e não com o secretário da pasta, Howard Lutnick, o que reforça o caráter preliminar da missão. Apesar disso, disse que a receptividade foi positiva e que os americanos pediram que o Brasil fosse “propositivo e arrojado” nas propostas.

Na esfera política, Alban revelou que o subsecretário Richard Landau se mostrou disposto a receber contato do vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir os pontos mais sensíveis da relação bilateral. Segundo o presidente da CNI, o próprio Alckmin já havia manifestado interesse em atuar como ponte diplomática nesse processo.

Confiança com realismo

Ao final, Alban fez questão de ponderar que nenhum avançoimediato deve ser esperado. “Existe um trave difícil, complexo, que só o governo pode resolver. Mas encontramos disposição para discutir a parte comercial e técnica”, afirmou.

Ele também reconheceu que, na lista de prioridades dos EUA, o Brasil tem peso econômico limitado — representando apenas 1% das importações americanas. Ainda assim, ressaltou que a relação pode ganhar relevância pelo aspecto geopolítico, dado o papel do país como principal player das Américas depois dos EUA.

Enquanto aguarda sinais do campo político, a CNI promete manter medidas paliativas de apoio a empresas brasileiras e ampliar pontos de contato internacionais. “Se não há diálogo, não há solução. Nosso papel é ser facilitador”, concluiu Alban.

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