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Gigante da IA Anthropic vai pagar US$ 1,5 bi por uso de livros pirateados
Publicado 05/09/2025 • 22:19 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/09/2025 • 22:19 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
FABRICE COFFRINI / AFP
O CEO da Anthropic, Dario Amodei, participa de uma sessão de discussão sobre IA durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, em 23 de janeiro de 2025.
A Anthropic vai desembolsar pelo menos US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,17 bilhões) para encerrar uma ação coletiva nos Estados Unidos, que a acusava de usar livros piratas para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA), segundo documentos apresentados à Justiça nesta sexta-feira (5).
“Esse acordo histórico supera em muito qualquer outra indenização já conhecida por violação de direitos autorais“, afirmou Justin Nelson, advogado dos autores do processo. “É o primeiro desse tipo na era da IA.”
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A Anthropic vai desembolsar pelo menos US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,17 bilhões) para encerrar uma ação coletiva nos Estados Unidos, que a acusava de usar livros piratas para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA), segundo documentos apresentados à Justiça nesta sexta-feira (5).
O acordo foi resultado da ação movida pelos autores Andrea Bartz, Charles Graeber e Kirk Wallace Johnson, que acusaram a empresa de copiar ilegalmente seus livros para treinar o Claude, chatbot de IA que compete com o ChatGPT.
“Esse acordo histórico supera em muito qualquer outra indenização já conhecida por violação de direitos autorais“, afirmou Justin Nelson, advogado dos autores. “É o primeiro desse tipo na era da IA.”
Em uma vitória parcial para a Anthropic, o juiz William Alsup, do Tribunal Distrital dos EUA, decidiu em junho que o treinamento dos modelos Claude com livros — comprados ou pirateados — foi tão transformador que se encaixa como “uso justo” pela legislação.
“A tecnologia em questão está entre as mais transformadoras que muitos de nós veremos na vida”, escreveu Alsup em sua decisão, comparando o treinamento da IA à maneira como pessoas aprendem lendo livros.
No entanto, o magistrado rejeitou o pedido da Anthropic por uma proteção total, afirmando que a prática de baixar milhões de livros piratas para montar uma biblioteca digital permanente não é justificada pelo uso justo.
“Continuamos comprometidos em desenvolver sistemas de IA seguros, que ajudem pessoas e organizações a ampliar suas capacidades, avançar na ciência e resolver problemas complexos”, disse Aparna Sridhar, vice-diretora jurídica da Anthropic, em resposta à AFP.
Segundo o acordo judicial, o acerto cobre cerca de 500 mil livros, o que equivale a aproximadamente US$ 3.000 (R$ 16.334) por obra — quatro vezes o mínimo previsto na lei de direitos autorais dos EUA.
Pelo acordo, a Anthropic deverá destruir os arquivos piratas originais e todas as cópias feitas. A empresa, porém, mantém o direito de usar livros que foram adquiridos ou digitalizados legalmente.
“Esse acordo manda um recado claro para o setor de IA: há consequências sérias para quem pirateia obras de autores para treinar suas IAs, prejudicando justamente quem mais precisa”, declarou Mary Rasenberger, CEO da Authors Guild, em nota de apoio ao acordo.
O acerto, que ainda precisa ser aprovado pela Justiça, acontece em um momento em que empresas de IA enfrentam pressão crescente sobre suas práticas de treinamento de dados. Várias ações judiciais contra companhias como OpenAI, Meta e outras continuam em andamento, com titulares de direitos alegando que o uso de conteúdos protegidos sem autorização infringe a lei de propriedade intelectual.
A Anthropic, sediada em São Francisco, anunciou nesta semana que levantou US$ 13 bilhões (R$ 70,78 bilhões) em uma rodada de investimentos, o que avaliou a startup de IA em US$ 183 bilhões (R$ 996,99 bilhões).
O dinheiro será usado para aumentar a capacidade da empresa, aprofundar pesquisas em segurança e apoiar a expansão internacional.
A Anthropic disputa espaço com soluções de IA generativa de gigantes como Google, OpenAI, Meta e Microsoft, numa corrida que deve movimentar centenas de bilhões de dólares nos próximos anos.
Com forte apoio da Amazon, a Anthropic foi fundada em 2021 por ex-executivos da OpenAI e cresceu rapidamente desde o lançamento do Claude, no início de 2023. A receita anual da empresa multiplicou por cinco, chegando a US$ 5 bilhões (R$ 27,22 bilhões) desde o começo deste ano.
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