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Derrota de Milei abala mercado na Argentina; bolsa e peso argentino têm forte queda
Publicado 08/09/2025 • 22:22 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 08/09/2025 • 22:22 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O mercado argentino reagiu negativamente à derrota da coalizão La Libertad Avanza, do presidente Javier Milei, nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. O revés aprofundou a percepção de fragilidade política do governo e aumentou as dúvidas sobre a continuidade do plano econômico.
O índice Merval desabava quase 12% por volta das 15h, enquanto o peso argentino recuava cerca de 5%, cotado a 1.434 por dólar, após chegar a cair mais de 7% no início do pregão. Títulos soberanos em dólar também despencaram: os papéis com vencimento em 2035 recuaram mais de 6 centavos, negociados a 55,37 centavos, levando os rendimentos a 12,8%. Os setores financeiro e de energia lideraram as perdas — o Grupo Financiero Galicia caiu 22%, a YPF recuou 14% e a Edenor desvalorizou 19%.
Apesar da derrota já ser esperada, devido ao recente caso envolvendo Karina Milei, irmã de Javier e secretária-geral da Presidência, o resultado eleitoral surpreendeu as especulações do mercado. A coligação peronista de esquerda Fuerza Patria conquistou 47% dos votos contra 34% da sigla de Milei, uma diferença de 13 pontos. O desempenho foi considerado um termômetro importante antes das eleições legislativas nacionais de 26 de outubro, já que Buenos Aires concentra quase 40% do eleitorado. A magnitude da derrota reduz as chances de Milei assegurar um terço do Congresso e ameaça travar sua agenda de reformas.

Bancos como Goldman Sachs e Bradesco BBI passaram a projetar um cenário de “estresse generalizado” para os ativos argentinos. A expectativa é de que o governo seja forçado a negociar para evitar vetos no Legislativo, enquanto o peso pressionado pode exigir novas intervenções cambiais com uso de reservas internacionais, em linha com compromissos assumidos junto ao FMI. O Morgan Stanley, que havia recomendado compra de ativos argentinos na semana passada, retirou a indicação após o resultado.
Em pronunciamento, Milei admitiu erros políticos e prometeu uma “profunda autocrítica” antes da votação nacional. Ele reiterou o compromisso com a disciplina fiscal, a atual política monetária e as restrições cambiais em vigor. No entanto, estrategistas avaliam que a derrota pode forçar uma reorganização ministerial e ajustes de rumo.

A situação é agravada pelo escândalo de corrupção que envolve Karina Milei. Áudios divulgados em agosto citam sua participação em um suposto esquema de propina na compra de medicamentos, o que intensificou a pressão sobre o governo.
Com a piora do ambiente político e a turbulência cambial, os títulos argentinos já vinham acumulando perdas de 5,5% no último mês, contra ganho médio de 2% em outros emergentes, segundo índice da Bloomberg. Investidores aguardam sinais de medidas corretivas após reunião de Milei com seu gabinete em Buenos Aires.
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