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Primeiro-ministro de Israel manda moradores desocuparem Cidade de Gaza

Publicado 08/09/2025 • 18:55 | Atualizado há 13 horas

AFP

KEY POINTS

  • O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta segunda-feira (8) que os moradores da Cidade de Gaza evacuem a região, enquanto o exército intensifica sua ofensiva contra o maior centro urbano do território palestino.
  • Israel tem ampliado os bombardeios em preparação para uma operação de conquista da cidade, apesar dos repetidos apelos de países ocidentais e de agências humanitárias para interromper a ofensiva.
  • A defesa civil de Gaza afirmou que ao menos 39 pessoas foram mortas por Israel nesta segunda-feira, incluindo 25 na Cidade de Gaza.
Imagens de vítimas da guerra na faixa de Gaza

Netanyahu manda desocupar Gaza

Reprodução/Fotos Públicas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mandou nesta segunda-feira (8) que os moradores da Cidade de Gaza evacuem a região, enquanto o exército intensifica sua ofensiva contra o maior centro urbano do território palestino.

Israel tem ampliado os bombardeios em preparação para uma operação de conquista da cidade, apesar dos repetidos apelos de países ocidentais e de agências humanitárias para interromper a ofensiva.

A defesa civil de Gaza afirmou que ao menos 39 pessoas foram mortas por Israel nesta segunda-feira, incluindo 25 na Cidade de Gaza.

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O alerta de Netanyahu ocorreu horas depois de um dos ataques mais mortais contra civis em Jerusalém desde o início da guerra: dois homens palestinos abriram fogo contra um ônibus, matando seis pessoas, segundo o chanceler Gideon Saar.

Os dois atiradores foram mortos por um agente de segurança e um civil armado, informou a polícia.

Após o ataque, Netanyahu declarou: “Que fique claro: esses assassinatos fortalecem nossa determinação de combater o terrorismo.”

O ministro da Defesa, Israel Katz, disse mais cedo que o Hamas deve depor as armas ou enfrentar a aniquilação.

“Este é um aviso final aos assassinos e estupradores do Hamas em Gaza e em hotéis de luxo no exterior: libertem os reféns e entreguem as armas — ou Gaza será destruída e vocês serão aniquilados”, afirmou em publicação no X.

“Apenas um prelúdio”

Na segunda-feira, forças israelenses atingiram um quarto edifício de grande altura em Gaza City em apenas quatro dias. Imagens da AFP mostraram a torre Al-Ruya desabando após ser atingida.

“Tudo o que ouvimos são bombardeios e ambulâncias carregando mártires”, disse por telefone a moradora Laila Saqr, de 40 anos. Ela contou que frequentava uma academia na torre duas vezes por semana, mas agora “não sobrou nada”.

“Israel destrói tudo — até as memórias. Se pudessem, tirariam o próprio oxigênio do ar”, completou.

Israel afirmou que o Hamas utilizava a torre para atividades de inteligência e havia instalado explosivos no local. Moradores e pessoas próximas foram avisados a evacuar previamente.

“Em dois dias derrubamos 50 torres do terror, e isso é apenas a fase inicial da manobra terrestre intensificada em Gaza City. Digo aos moradores: vocês foram avisados, saiam agora!”, declarou Netanyahu em vídeo.

Tudo isso é apenas um prelúdio, apenas a abertura da principal operação intensificada — a manobra terrestre das nossas forças, que agora se organizam e se preparam para entrar em Gaza City”, acrescentou.

Separadamente, o exército informou que quatro soldados israelenses foram mortos quando militantes palestinos lançaram um explosivo contra seu tanque.

De volta a Gaza City, o pai enlutado Issa Suleiman carregava o corpo do filho de um ano, envolto em um lençol branco.

“Estávamos dormindo na tenda com meus três filhos e minha esposa”, contou à AFP, acrescentando que cinco vizinhos foram mortos e vários ficaram gravemente feridos, incluindo sua esposa e sua mãe.

Israel tem enfrentado crescente pressão internacional para encerrar a campanha em Gaza. O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, afirmou nesta segunda-feira estar “horrorizado com o uso aberto de retórica genocida… por altos funcionários israelenses”.

Pronto para negociar

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo que “os israelenses aceitaram meus termos. É hora de o Hamas aceitar também. Avisei sobre as consequências de não aceitar. Este é meu último aviso”.

Pouco depois, o Hamas afirmou estar pronto para “sentar imediatamente à mesa de negociações” após o que descreveu como “algumas ideias do lado americano com o objetivo de alcançar um acordo de cessar-fogo”.

O grupo disse querer “uma declaração clara do fim da guerra, a retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza e a formação de um comitê de palestinos independentes para administrar a região, que começaria suas funções imediatamente”.

O site americano Axios informou que o enviado da Casa Branca, Steve Witkoff, enviou ao Hamas na semana passada uma nova proposta de acordo sobre reféns e cessar-fogo.

A Casa Branca não divulgou detalhes, mas Trump disse: “Vocês saberão muito em breve.”

No mês passado, o Hamas havia aceitado uma proposta de cessar-fogo que previa uma trégua de 60 dias e a libertação gradual de reféns. Israel, porém, exige a libertação imediata de todos, o desarmamento do grupo e a renúncia ao controle de Gaza, entre outras condições.

O exército israelense afirma que 47 reféns ainda permanecem em Gaza, incluindo 25 considerados mortos.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 deixou 1.219 mortos em Israel, a maioria civis, segundo contagem da AFP baseada em dados oficiais.

A ofensiva de retaliação de Israel já matou ao menos 64.522 palestinos, em sua maioria civis, de acordo com números do ministério da Saúde de Gaza — controlado pelo Hamas — que a ONU considera confiáveis.

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