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Alemanha se prepara para eleger novo líder em fevereiro após voto de confiança derrubar Scholz
Publicado 16/12/2024 • 19:33 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 16/12/2024 • 19:33 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
A Alemanha terá uma votação para eleger um novo líder em 23 de fevereiro. A eleição foi antecipada devido à perda de um voto de confiança pelo chanceler Olaf Scholz no Bundestag, nesta segunda-feira (16).
A decisão de realizar o voto de confiança foi tomada pelo próprio Scholz em novembro, com o objetivo de desencadear eleições antecipadas, que originalmente estavam programadas para o outono de 2025.
Ele afirmou que o voto era necessário não apenas para o parlamento, mas para todo o eleitorado.
Os eventos que levaram à antecipação da eleição começaram em novembro, quando Scholz demitiu o ex-ministro das Finanças, Christian Lindner.
A demissão marcou o fim da coalizão que governava a Alemanha desde 2021, formada por:
Desde então, o SPD e o Partido Verde mantiveram um governo de minoria, sem a maioria parlamentar necessária para aprovar leis.
A coalizão enfrentava desentendimentos recorrentes sobre políticas econômicas e orçamentárias. As tensões aumentaram após Lindner apresentar um documento propondo uma visão para revitalizar a economia alemã, mas que contrariava posições fundamentais do SPD e do Partido Verde.
Além disso, as partes não conseguiram finalizar o orçamento de 2025, forçando o governo a operar com um orçamento provisório até que o novo Bundestag aprove um plano de gastos.
Agora, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, tem 21 dias para dissolver o parlamento. A Constituição alemã prevê procedimentos para garantir que a transição de governo ocorra de forma estável, evitando turbulências políticas como as vistas na República de Weimar na década de 1930.
Enquanto isso, os partidos já iniciaram suas campanhas para a eleição. Olaf Scholz foi confirmado como candidato a chanceler pelo SPD, enquanto Friedrich Merz será o candidato da União Democrata-Cristã (CDU).
As pesquisas indicam que a CDU e sua afiliada bávara, a União Social-Cristã (CSU), lideram as intenções de voto e podem formar o próximo governo, possivelmente em coalizão com o SPD ou, menos provavelmente, com o Partido Verde.
Independentemente do resultado, analistas acreditam que a situação econômica da Alemanha forçará o próximo governo a adotar medidas de estímulo fiscal. O economista-chefe da Peel Hunt, Kallum Pickering, disse que, mesmo sem mudanças imediatas no freio à dívida, as condições econômicas devem levar a um consenso sobre a necessidade de estímulos. “O momento em que um estímulo fiscal for implementado na Alemanha será um ponto de virada para a economia”, afirmou.
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