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Brasil

Fitch mantém nota do Brasil em ‘BB’, sem perspectiva de avanço para grau de investimento no curto prazo

Publicado 09/09/2025 • 16:28 | Atualizado há 10 horas

KEY POINTS

  • Relação dívida/PIB é menos favorável que em 2015, refletindo fragilidade fiscal e incerteza sobre sustentabilidade da dívida.
  • Metas fiscais existem, mas despesas acima das receitas impedem geração de superávits primários, limitando confiança de investidores.
  • Consolidação fiscal pode se agravar com desaceleração econômica, cenário eleitoral conturbado ou aumento de estímulos fiscais.

Fitch mantém nota do Brasil em “BB” e alerta para desafios fiscais e sustentabilidade da dívida.

O cenário de classificação de risco do Brasil permanece estável, sem expectativa de avanço para o grau de investimento em um futuro próximo, segundo avaliação de Shelly Shetty, chefe de ratings soberanos da Fitch Ratings para as Américas e Ásia. Ela compartilhou esta análise durante um evento da Fitch realizado em São Paulo, onde destacou que a credibilidade da política fiscal brasileira ainda não está consolidada entre os investidores.

Shetty afirmou que, atualmente, o Brasil apresenta indicadores de crédito, como a relação dívida/PIB, em situação menos favorável do que em 2015, época em que o país perdeu o selo de grau de investimento concedido pela agência. “Não vemos o Brasil alcançando o grau de investimento no curto prazo”, explicou a diretora, lembrando que, em junho, a Fitch manteve a nota do país em “BB”, dois níveis abaixo do grau de investimento e com perspectiva estável, o que indica ausência de previsão de alteração da classificação nos próximos meses.

Desafios fiscais e perspectivas econômicas

Entre os pontos positivos, Shetty citou a existência de metas fiscais e o desempenho econômico recente, que apresentou crescimento. No entanto, ela ressaltou que o país não tem conseguido gerar superávits primários, mantendo despesas acima das receitas, o que provoca dúvidas recorrentes no mercado sobre a sustentabilidade fiscal brasileira.

A diretora acrescentou que a consolidação fiscal pode se tornar ainda mais desafiadora caso o Brasil enfrente uma desaceleração econômica ou entre em recessão, já que as metas fiscais dependem fortemente da arrecadação.

Apesar das incertezas globais, especialmente devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos, Shetty avaliou que a nota de crédito do Brasil está bem fundamentada. Segundo ela, a avaliação reflete tanto os pontos fortes, como a solidez das contas externas e o crescimento econômico, quanto as fragilidades, como o aumento da dívida pública e o déficit fiscal persistente diante das restrições orçamentárias.

Ela destacou que avanços em reformas capazes de aumentar a confiança na estabilização da dívida podem contribuir para uma melhora na nota do país. Entretanto, alertou para o risco de deterioração do rating caso o Brasil caminhe para um cenário de dívida ainda mais elevada, especialmente se houver tentativas de ampliar estímulos fiscais diante de uma eleição acirrada e de uma economia desacelerando no próximo ano.

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