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Guerra tarifária faz EUA perderem bilhões em vendas de soja para a China e Brasil se beneficia
Publicado 11/09/2025 • 07:42 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 11/09/2025 • 07:42 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Divulgação/CNA
Os Estados Unidos estão deixando de faturar bilhões de dólares em vendas de soja para a China em plena temporada de pico, enquanto impasses nas negociações comerciais paralisam exportações e abrem espaço para fornecedores da América do Sul, segundo traders e analistas. As informações são da Reuters.
Importadores chineses já contrataram cerca de 7,4 milhões de toneladas de soja, em sua maioria sul-americana, para embarques em outubro, o que cobre 95% da demanda projetada para o mês. Além disso, também foram compradas 1 milhão de toneladas para novembro, ou 15% da expectativa de importações, segundo traders consultados pela agência de notícias.
No mesmo período de 2024, a China já havia reservado entre 12 milhões e 13 milhões de toneladas de soja americana para embarques de setembro a novembro, de acordo com um operador sediado em Singapura.
Tradicionalmente, os EUA concentram suas exportações de soja para a China entre setembro e janeiro, antes da entrada da safra brasileira. Neste ano, porém, compradores chineses ainda não fecharam nenhum carregamento da nova safra americana.
Leia também: Soja brasileira domina mercado da China enquanto EUA perdem espaço
Dados da alfândega mostram que, em 2024, a China comprou cerca de 20% de sua soja dos EUA, queda expressiva em relação aos 41% registrados em 2016. De janeiro a julho de 2025, as importações somaram 42,26 milhões de toneladas do Brasil e 16,57 milhões de toneladas dos Estados Unidos.
Apesar de a soja americana estar entre 80 e 90 centavos de dólar por bushel mais barata que a brasileira para embarques de setembro e outubro, a tarifa de 23% imposta pela China eleva o custo em US$ 2 por bushel para os importadores. Essa desvantagem, somada à guerra comercial, pressiona ainda mais os contratos futuros em Chicago, que operam próximos das mínimas em cinco anos.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deve revisar para baixo sua projeção de exportações de soja para 2025/26, atualmente em 46,4 milhões de toneladas, já inferior ao volume de 51,02 milhões de toneladas no ciclo anterior.
Ainda assim, há espaço para recuperação. A China não fechou totalmente suas compras de soja americana, restando negociações para entregas entre novembro e janeiro. Para outros países, os grãos dos EUA estão com preços atrativos no momento.
Enquanto isso, a demanda chinesa sustentou os preços da soja brasileira no fim da temporada, encarecendo a matéria-prima e comprimindo as margens de processadores de óleo no país. Nos portos de Rizhao, polo de processamento, as margens ficaram negativas nas últimas semanas, após um período de ganhos em agosto.
“Se fosse um cenário normal, estaríamos embarcando 15 cargas por semana”, disse um exportador americano à Reuters.
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