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Com voto de Cármen Lúcia, STF forma maioria para condenar Bolsonaro e aliados por todos os crimes da trama golpista

Publicado 11/09/2025 • 15:34 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Cármen Lúcia vota pela condenação de Bolsonaro e sete réus, citando provas de ataque às instituições.
  • Ministra destaca uso de milícia digital para ataques às urnas eletrônicas e à democracia.
  • Caso soma votos de Moraes e Dino pela condenação e de Fux pela absolvição parcial dos réus.

A ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus no julgamento da trama golpista na tarde desta quinta-feira (11). No início de seu discurso, a ministra afirmou que a Procuradoria Geral da República (PGR) “tem prova cabal” de que houve ataque às instituições por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, acusados na tentativa de golpe de Estado.

Em seu discurso, a ministra, que é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), deu enfoque aos ataques às urnas eletrônicas. “Todo o estudo feito me leva a concluir que há prova nos autos de empreitada criminosa dos réus, que se usaram de milícia digital para propagação de ataques”, afirmou.

Ministra Cármen Lúcia dá voto decisivo pela condenação.
Tom Molina/Estadão Conteúdo

A única mulher ministra ainda declarou que a invasão à Praça dos Três Poderes, que ocorreu em oito de janeiro de 2023, não foi um “um acontecimento banal, após o almoço de domingo”.”A democracia brasileira não se abalou. Os prédios foram reconstruídos”, acrescentou.

Além disso, a ministra rejeitou as preliminares relacionadas ao cerceamento de defesas, considerou válida a delação de Mauro Cid e reforçou seu entendimento de que o processo deve ser julgado pelo STF. Para Cármen Lúcia, “apenas a democracia faz um país valer a pena”.

Os oito são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado, golpe de Estado e organização criminosa armada.

Veja o placar da votação no STF

Carmem Lúcia foi a quarta a votar. Antes dela, votaram os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino, nesta terça-feira (09), e Luiz Fux nesta quarta-feira (10), único que votou contra o parecer de Moraes. O próximo a se manifestar será Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

Quem são os réus?

Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Saiba como foram os demais votos

Em mais de cinco horas de sessão, Alexandre de Moraes, relator do processo penal, votou nesta terça-feira (9) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Segundo Moraes, Bolsonaro exerceu a função de “líder da organização criminosa”.

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“Bolsonaro exerceu a função de líder da estrutura criminosa e recebeu ampla contribuição de integrantes do governo federal e das Forças Armadas, utilizando da estrutura do Estado brasileiro para a implementação de seu projeto autoritário de poder”, disse.

O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF.
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil.
O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF.

Flávio Dino, segundo ministro a votar, acompanhou o voto de Moraes, pontuando que, embora haja vários acusados com altas patentes militares, “esse não é um julgamento das forças armadas”, mas concluiu que “não é normal que, a cada 20 anos, tenhamos eventos de tentativas de ruptura do tecido constitucional”. Sobre o movimento de alguns setores da política brasileira para tentar livrar os acusados das penas, Dino afirmou que os atos julgados neste processo penal são crimes “insuscetíveis de anistia”. E acrescentou que “não houve só preparação, houve atos executórios” que comprovam os crimes julgados.

Ministro Flávio Dino
Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Já o ministro Luiz Fux abriu divergência na votação. Para Fux, votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro de todos os crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o magistrado, não há provas do cometimento dos delitos.O mesmo entendimento foi aplicado a outros cinco réus: o almirante Almir Garnier, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno. Ou seja, Fux votou pela absolvição total desses acusados.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Antonio Augusto/STF
Voto de Fux pela anulação do processo contra Bolsonaro repercute em veículos internacionais.
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