O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a prisão domiciliar na manhã deste domingo (14) para realizar um procedimento médico em Brasília. Escoltado por um comboio da Polícia Federal, ele recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para realizar uma cirurgia de remoção de uma pinta.
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A autorização judicial determina que sua permanência no hospital seja restrita ao tempo necessário ao procedimento, com retorno imediato à residência.
Esta é a primeira vez que Bolsonaro deixa a prisão domiciliar após ser condenado pela maioria do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
No local, Bolsonaro foi recebido por apoiadores vestidos com camisetas e bandeiras do Brasil, além de bandeiras dos Estados Unidos. Ele não falou com os presentes.
Na última quinta-feira (11), por 4 votos a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Prisão domiciliar
Em julho, Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica e cumprir recolhimento domiciliar durante a noite e nos finais de semana, conforme determinação de Moraes.
As medidas fazem parte de cautelares impostas a Bolsonaro após a operação da Polícia Federal (PF), autorizada pelo STF, que investiga crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataques à soberania nacional.
Em 4 de agosto, no entanto, o ex-presidente passou a cumprir prisão domiciliar em razão de uma medida cautelar imposta por Moraes. A decisão foi tomada após o ministro do STF avaliar que Bolsonaro havia descumprido restrições já estabelecidas, como a proibição de utilizar redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros.
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