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Conab projeta safra recorde de grãos no Brasil, puxada pela soja
Publicado 20/09/2025 • 20:03 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 20/09/2025 • 20:03 | Atualizado há 4 horas
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Unsplash.
Expansão de 3,1% da área cultivada compensa queda de 2% na produtividade média nacional.
A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o Brasil pode alcançar um resultado histórico na colheita de grãos em 2025/26, atingindo 353,8 milhões de toneladas. O volume representa aumento de 1% em relação à safra anterior, que fechou em 350,2 milhões de toneladas. O anúncio foi feito na quinta-feira (18), durante o evento “Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2025/26”, promovido pela Conab em conjunto com o Banco do Brasil.
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Os dados apontam que, apesar da expectativa de redução da produtividade média, a produção recorde será viabilizada por uma ampliação de 3,1% na área cultivada, que deverá passar de 81,74 milhões de hectares em 2024/25 para 84,24 milhões de hectares no próximo ciclo. A produtividade média nacional deve recuar 2%, ficando em 4.199 quilos por hectare, abaixo dos 4.284 quilos por hectare obtidos anteriormente.
De acordo com Edegar Pretto, presidente da Conab, o cenário positivo reflete o otimismo dos produtores rurais, impulsionado por investimentos, crédito facilitado e o uso crescente de tecnologia no campo. “Há investimentos disponíveis, com volume recorde de recursos e condições diferenciadas de crédito, como juros reais negativos para a produção de alimentos, a partir do Plano Safra disponibilizado pelo governo federal. Além disso, a expertise dos produtores e a utilização crescente de tecnologia refletem no bom resultado que reafirma a posição do País como um dos principais fornecedores globais de alimentos, fibras e bioenergia”, afirmou Pretto.
Entre as culturas, a soja deve ser destaque, com estimativa de produção de 177,67 milhões de toneladas, um crescimento de 3,6% sobre o ciclo anterior, que foi de 171,47 milhões de toneladas. A expansão da área plantada e a recuperação da produtividade no Rio Grande do Sul são os principais fatores para o avanço.
Segundo a Conab, “caso não haja nenhum problema climático, a produção nacional deve alcançar mais um recorde produtivo, reforçando a posição do Brasil como maior produtor mundial de soja. A demanda global pela oleaginosa continua em expansão, impulsionada pelo aumento do esmagamento para alimentação animal e pela maior produção de biocombustíveis, tanto no Brasil quanto no exterior”. Mesmo com pressão sobre os preços internos, a soja segue garantindo liquidez e retorno aos agricultores.
Para o milho, a soma das três safras pode apresentar recuo de 1%, caindo de 139,7 milhões de toneladas em 2024/25 para 138,3 milhões em 2025/26. Apesar do aumento de área na primeira e segunda safras, a produtividade tende a cair após resultados excepcionais no ciclo anterior, favorecido por clima ideal. A expansão do plantio é atribuída à expectativa de maior demanda interna para etanol e à possível ampliação das exportações, caso países asiáticos redirecionem compras do milho dos Estados Unidos para o milho sul-americano devido ao aumento de tarifas.
No algodão, a expectativa é de crescimento na área semeada, estimada em 3,5% a mais, com destaque para estados como Bahia, Piauí, Minas Gerais e Tocantins. A produção deve atingir 4,09 milhões de toneladas, aumento de 0,7% em relação à safra anterior. A produtividade projetada é de 1,89 tonelada de pluma por hectare. A boa rentabilidade e as vendas antecipadas têm favorecido a expansão da cultura.
O arroz apresenta tendência de retração, com previsão de queda de 10,1% na produção, de 12,76 milhões de toneladas em 2024/25 para 11,5 milhões em 2025/26. O recuo decorre da diminuição de 4,8% na produtividade e da redução da área plantada, que deve passar de 1,76 milhão para 1,66 milhão de hectares. Segundo a Conab, mesmo com a queda, o rendimento permanece entre os maiores da série histórica.
A estatal ressalta que o excedente de oferta nacional e internacional em 2024/25 pressionou os preços, levando ao recuo na área plantada. “Diante deste cenário, há uma tendência de retração da área cultivada nos principais estados produtores. No entanto, programas de apoio ao grande e ao pequeno produtor implementados pelo governo federal, como as operações de Contrato de Opção de Venda (COV), linhas de crédito com juros subsidiados e o Programa Arroz da Gente (de apoio técnico, comercial e financeiro a agricultores familiares), deverão amenizar uma queda mais acentuada da área”, justifica a Conab.
Em relação ao feijão, a Conab projeta que a produção das três safras alcance 3,1 milhões de toneladas, suficiente para garantir o abastecimento interno. O volume é 0,8% maior que o registrado no ciclo anterior, de 3,07 milhões de toneladas. A área cultivada está estimada em 2,7 milhões de hectares, com produtividade média nacional de 1.141 quilos por hectare. Segundo a estatal, a cultura apresenta estabilidade devido ao ciclo curto e à resposta rápida aos preços praticados.
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