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Trump ameaça cassar licenças de emissoras de TV – entenda impacto e como funciona
Publicado 20/09/2025 • 08:30 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 20/09/2025 • 08:30 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Alex Brandon/AP/Estadão Conteúdo
Trump voltou a indicar bilionário para o comando da Nasa
A decisão da Disney de retirar o Jimmy Kimmel Live! da programação da ABC reacendeu o debate sobre o poder do governo federal no setor de radiodifusão.
Na quinta-feira (18), o presidente Donald Trump sugeriu que sua administração poderia cassar licenças de emissoras abertas consideradas “contrárias” a ele. No mesmo dia, o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, fez declarações semelhantes em entrevista à CNBC.
Não é a primeira vez que Trump e Carr mencionam o tema, mas as falas destacam o alcance regulatório da FCC sobre um setor estratégico da mídia.
Canais como ABC (Disney), CBS (Paramount Skydance), NBC (Comcast) e Fox (Fox Corp.) precisam de autorização federal para utilizar o espectro público de radiodifusão. Esse modelo garante TV aberta gratuita para qualquer pessoa com antena.
Já canais pagos, como CNN, MTV ou FX, operam por assinatura e não dependem de concessão pública.
As empresas proprietárias de emissoras locais, como Nexstar Media Group e Sinclair, são responsáveis por manter as licenças junto à FCC. Em troca, devem operar “no interesse público, conveniência e necessidade”, segundo a legislação. Isso inclui jornalismo local, esportes e entretenimento em rede nacional.
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Brendan Carr tem usado a noção de “interesse público” para questionar transmissões. Ele afirmou que os comentários de Jimmy Kimmel sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk não foram “uma piada”, mas sim uma tentativa de “enganar o público”.
Trump também tem defendido o uso desse poder. “Eles têm uma licença, não é? Talvez devesse ser retirada”, disse o presidente, citando suposta cobertura negativa das redes.
Em agosto, ele acusou ABC e NBC de “viés histórico” e sugeriu a cassação de suas autorizações. Carr, por sua vez, já havia sinalizado que a FCC avaliaria com mais rigor os pedidos de renovação.
Segundo Roy Gutterman, especialista em direito das comunicações da Universidade de Syracuse, a revogação de licenças envolve processos administrativos complexos e disputas judiciais. Normalmente, a agência lida com casos de programação infantil, conteúdo jornalístico cortado ou obscenidade — e não com questões políticas.
Caso uma licença seja cassada, a emissora local sairia do ar em sua região. Afiliadas poderiam optar por substituir a programação, mas não há clareza sobre os limites legais dessa prática.
Na quarta-feira (17), antes da decisão da Disney, a Nexstar já havia anunciado que suas afiliadas da ABC não exibiriam mais o programa de Kimmel. A empresa possui cerca de 30 afiliadas da rede, equivalente a 10% do total de emissoras sob seu controle.
O movimento ocorre em meio a um cenário de consolidação. A Nexstar busca aprovação da FCC para adquirir a Tegna, em operação avaliada em US$ 6,2 bilhões. A Sinclair também estuda fusões para ampliar sua presença no mercado.
A queda no número de assinantes de TV paga pressiona as receitas das emissoras abertas, que dependem de taxas de retransmissão pagas por distribuidoras como a Charter. Esse modelo, somado ao avanço do streaming, tem acelerado mudanças na indústria.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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