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Buffett zera participação na fabricante chinesa de veículos elétricos BYD
Publicado 22/09/2025 • 08:57 | Atualizado há 19 minutos
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Publicado 22/09/2025 • 08:57 | Atualizado há 19 minutos
KEY POINTS
Johannes EISELE/AFP
Imagem de arquivo. Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, participa da reunião anual de acionistas de 2019 em Omaha, Nebraska, em 3 de maio de 2019.
A Berkshire Hathaway se desfez por completo de sua participação altamente lucrativa na fabricante chinesa de veículos elétricos BYD.
Em agosto de 2022, a companhia começou a reduzir a posição de 225 milhões de ações compradas em 2008 por US$ 230 milhões. A decisão veio após uma valorização de 41% no segundo trimestre daquele ano, quando o investimento passou a valer US$ 9 bilhões.
Até junho de 2023, a Berkshire já havia vendido quase 76% de sua fatia, reduzindo sua participação para pouco menos de 5% das ações em circulação da BYD. Ao cair abaixo desse limite, a empresa deixou de ser obrigada, pelas regras da bolsa de Hong Kong, a divulgar novas vendas. Até então, acreditava-se que ainda detinha 54 milhões de ações.
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Um leitor do site Buffett Watch, no entanto, notou que o relatório financeiro do 1º trimestre da Berkshire Hathaway Energy — subsidiária que mantinha a participação — apontava o valor do investimento como zero em 31 de março. Um porta-voz da Berkshire confirmou que a posição foi totalmente vendida.
Os relatórios da BHE indicam que as vendas continuaram mesmo após a fatia cair abaixo de 5% no ano passado.
A compra inicial foi feita há 17 anos por recomendação de Charlie Munger. Na assembleia anual de 2009, Munger disse aos acionistas que, embora pudesse parecer que “Warren e eu enlouquecemos”, via a companhia e seu CEO, Wang Chuanfu, como “um verdadeiro milagre”.
A aposta se mostrou certeira: as ações da BYD subiram cerca de 3.890% ao longo do período em que a Berkshire as manteve.
Buffett não detalhou os motivos da venda, mas disse à CNBC, em 2023, que a BYD é uma “empresa extraordinária” comandada por uma “pessoa extraordinária”, mas que acreditava ser possível encontrar “outros usos para o dinheiro” que lhe dariam mais segurança.
Na mesma época, a Berkshire também vendeu quase toda sua posição na Taiwan Semiconductor — cerca de US$ 4 bilhões em ações — poucos meses após a compra, ao “reavaliar” os riscos geopolíticos relacionados à reivindicação de Pequim sobre Taiwan. “É um mundo perigoso”, afirmou Buffett.
Warren Buffett, conhecido por suas opiniões liberais, tem evitado se manifestar publicamente sobre política nos últimos anos. Em 2022, disse a acionistas que algumas pessoas ficam “irritadas de forma permanente” e acabam descontando isso em suas empresas, prejudicando funcionários e investidores.
Ainda assim, é razoável supor que Buffett e o presidente Donald Trump discordem na maioria dos temas. Mas há ao menos um ponto em comum: ambos acreditam que empresas americanas não devem se guiar apenas por metas de curtíssimo prazo.
Nesta semana, Trump publicou no Truth Social que a SEC deveria permitir que companhias divulguem resultados a cada seis meses, em vez da exigência atual de três meses.
“Isso vai economizar dinheiro e permitir que os gestores se concentrem em administrar suas empresas corretamente”, escreveu o presidente.
A SEC informou à CNBC que está “priorizando essa proposta para reduzir ainda mais encargos regulatórios desnecessários às empresas”.
Buffett, que sempre defendeu decisões de longo prazo, há anos pede que companhias abandonem a prática de oferecer projeções trimestrais de lucro por ação.
Em um artigo de opinião no Wall Street Journal de 2018, escrito em conjunto com Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, ele argumentou que as projeções trimestrais frequentemente levam a um foco excessivo nos lucros imediatos, em detrimento da estratégia, crescimento e sustentabilidade de longo prazo.
Segundo eles, isso ocorre quando empresas cortam investimentos benéficos de longo prazo para cumprir ou superar previsões de curto prazo — ainda que os resultados sejam afetados por fatores externos fora de seu controle.
Eles destacaram que “os mercados financeiros se tornaram excessivamente focados no curto prazo” e que a prática de projeções trimestrais é um dos principais motores dessa tendência.
Há, porém, uma diferença relevante: Buffett e Dimon não se opõem à divulgação trimestral de resultados, mas às projeções sobre eles. Para eles, as companhias devem “continuar oferecendo relatórios anuais e trimestrais retrospectivos, que permitam ao público, incluindo acionistas e demais interessados, avaliar de forma confiável o progresso real”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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