Starbucks vai fechar centenas de lojas e demitir 900 funcionários nos EUA e Canadá

A Starbucks anunciou nesta quinta-feira (25) que vai fechar centenas de lojas nos Estados Unidos e no CanA Starbucks anunciou nesta quinta-feira (25) que vai fechar lojas e demitir 900 funcionários que não atuam diretamente no varejo, em meio a uma reestruturação bilionária para recuperar suas finanças.

A gigante do café, sediada em Seattle, informou que o processo de fechamento começa imediatamente. A empresa não especificou o número exato de unidades afetadas, mas disse que espera encerrar o ano fiscal, no próximo domingo (28), com 18.300 lojas na América do Norte — 124 a menos do que no fim do ano fiscal de 2024. Em 29 de junho, a Starbucks operava 18.734 unidades.

Impactos para funcionários

Segundo a companhia, funcionários das lojas fechadas receberão propostas de transferência para outros pontos, sempre que possível, além de um pacote de rescisão. A empresa também vai avisar, na manhã desta sexta-feira (26), os colaboradores fora do varejo cujos cargos serão cortados.

A orientação da companhia é que aqueles que puderem trabalhar de casa façam isso na quinta (25) e na sexta-feira (26).

Em carta enviada aos funcionários, o presidente e CEO da Starbucks, Brian Niccol, explicou que o levantamento das unidades mostrou locais sem perspectiva de estabilidade financeira ou que não conseguiam entregar o ambiente esperado pelos clientes.

“Todo ano, abrimos e fechamos cafeterias por vários motivos, seja pelo desempenho financeiro ou pelo fim dos contratos de aluguel. Desta vez, a medida é mais significativa e sabemos que isso vai impactar nossos parceiros e clientes. Nossas lojas são pontos de encontro na comunidade e fechar qualquer unidade nunca é fácil”, escreveu Niccol.

Reestruturação de US$ 1 bilhão

A Starbucks estima gastar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,33 bilhões) nessa reestruturação. Do total, US$ 150 milhões (R$ 799,6 milhões) serão destinados a benefícios para funcionários desligados e US$ 850 milhões (R$ 4,53 bilhões) para o fechamento das lojas e a quebra de contratos de aluguel.

Não está claro quantas das lojas que serão fechadas possuem sindicato. Desde 2021, trabalhadores de cerca de 650 unidades próprias da Starbucks nos EUA votaram para se sindicalizar, mas ainda não chegaram a um acordo de contrato coletivo com a empresa.

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O Starbucks Workers United, sindicato que representa os funcionários, afirmou nesta quinta-feira (25) que os fechamentos estão sendo feitos sem consultar os baristas.

O sindicato disse que pretende negociar nas lojas com representação sindical que forem fechadas, para garantir que os trabalhadores possam escolher para onde querem ser transferidos.

“Não dá para consertar o que está errado na Starbucks sem colocar no centro as pessoas que lidam com os clientes todos os dias”, afirmou o sindicato.

A notícia dos fechamentos veio pouco mais de uma semana depois de funcionários sindicalizados em três estados processarem a Starbucks devido ao novo código de vestimenta, alegando que a empresa se recusou a reembolsar quem precisou comprar roupas novas.

A companhia declarou que usou critérios padronizados para decidir quais lojas vão fechar e que a sindicalização não foi levada em conta.

Perspectivas e ações futuras da empresa

É raro a Starbucks reduzir o número de lojas em um ano fiscal. O CEO Brian Niccol afirmou que a empresa pretende aumentar o total de unidades na América do Norte no próximo exercício. A companhia também planeja renovar mais de mil lojas nos próximos 12 meses para deixá-las mais acolhedoras e convidativas.

Esta é a segunda grande onda de demissões na rede em 2025. Em fevereiro, Niccol anunciou o corte de 1.100 funcionários do setor corporativo em todo o mundo e eliminou centenas de vagas em aberto. Na época, disse que a Starbucks precisava funcionar de forma mais eficiente e aumentar a responsabilidade nas decisões.

Niccol é conhecido por sua experiência em reestruturação e foi contratado pela empresa há um ano para dar um novo gás à marca. Sob sua liderança, a rede Chipotle, que enfrentava dificuldades, praticamente dobrou faturamento e lucro em cerca de seis anos, além de ver o preço das ações disparar.

Em julho, a Starbucks registrou o sexto trimestre seguido de queda nas vendas das mesmas lojas, já que o movimento fraco nos EUA continua afetando a companhia. O CEO tenta reverter o cenário contratando mais funcionários, tornando as lojas mais aconchegantes e implementando softwares que ajudam a priorizar pedidos e garantir que os clientes recebam suas bebidas em até quatro minutos.

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ianews

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